Samu-JP completa 21 anos garantindo atendimento móvel de urgência na Capital

Prestar atendimento rapidamente à vítima em casos de urgência ou emergência de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras situações. Esse é o objetivo do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-JP), que neste início de julho completa 21 anos desde que passou a funcionar na cidade de João Pessoa.

Para o prefeito Cícero Lucena, que implantou o serviço durante a sua primeira gestão a frente da Prefeitura, o Samu trouxe um diferencial na assistência à população. “Estou muito feliz em viver esse momento onde o Samu completa 21 anos de existência na cidade de João Pessoa. Tive o discernimento para implantar o serviço na nossa Capital, e fico gratificado em cada vez mais aprimorar esse projeto, procurando diminuir o tempo de resposta quando do chamamento. Aproveito para parabenizar todos que fazem o Samu de hoje e que estão preparando o Samu do futuro”, ressaltou o prefeito.

Desde julho de 2004 o Samu-JP funciona 24 horas ininterruptas. São 184.086 horas à disposição da população para atender chamados e realizar atendimentos em qualquer lugar, sejam residências, locais de trabalho e/ou vias públicas.

“O Samu é um serviço móvel de urgência essencial para a rede pública de saúde pois funciona 24 horas por dia, com profissionais capacitados, prontos para salvar vidas e que garante a segurança em saúde da população”, destaca a diretora geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa, Lídia Holanda.

O Serviço conta com equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e condutores socorristas. Atualmente são 368 profissionais atuando em 15 ambulâncias, sendo 10 Unidades de Suporte Básico (USB) e cinco Unidades de Suporte Avançado (USA), e sete motolâncias, que atendem toda a cidade de João Pessoa e região metropolitana.

“As Unidades Básicas atendem apenas João Pessoa mas as unidades avançadas atendem a Grande João Pessoa, incluindo Bayeux, Santa Rita, Conde, Lucena, Cabedelo. Além disso, nossa central de regulação, regula mais de 60 municípios o que dá cerca de dois milhões de habitantes”, destacou Lídia Holanda.

O Samu-JP atende vítimas de desmaios com perda da consciência, mal súbito, problemas cardíacos e respiratórios de início súbito, convulsão, crises epilépticas, dor no tórax de origem súbita, pressão baixa ou alta, trabalho de parto com risco de morte para a mãe ou para o feto e problemas psiquiátricos em crise.

Para acionar o serviço é necessário ligar para o número 192 e responder todas as perguntas realizadas pelo atendente e pelo médico do serviço, só assim será gerado o chamado para atender ao socorro. A ligação é gratuita. O serviço deve ser acionado também em casos de trauma com envolvimento de vítimas com sangramentos, hemorragias, intoxicações acidentais, engasgos, envenenamento e tentativas de suicídio, quedas, fraturas, queimaduras graves e acidentes de trânsito com vítimas.

Suelene Santana é técnica de enfermagem do Samu João Pessoa desde que o serviço foi implantado na Capital. Para ela, atuar no serviço é uma experiência desafiadora, mas gratificante.

“Na época eu trabalhava em hospital e queria avançar a experiência, então fiz um curso de resgate e fui gostando, foi quando tive a oportunidade de entrar no Samu. Ao longo desse tempo vivi várias experiências e vi o serviço melhorar a cada dia. Hoje temos mais viaturas e um melhor tempo resposta, com viaturas descentralizadas em vários bairros e equipes qualificadas e capacitadas cada vez mais, melhorando a assistência de qualidade à população de João Pessoa. Trabalhar no Samu é gratificante, eu amo que faço”, relatou a socorrista.

Um dos funcionários mais antigos do Samu-JP Regional João Pessoa é Gilmore Lins. Servidor efetivo, ele entrou em julho de 2004, atuando na função de rádio operador.

“Passei no Processo Seletivo ainda na implantação do Samu em João Pessoa, há exatos 21 anos. Na época iniciei na função como Rádio Operador, pouco depois fui convidado a assumir como coordenador administrativo, e atualmente estou como Diretor Administrativo. Ao longo desses anos vivenciei bem a diferença que o Samu faz na vida das pessoas e vi de perto o crescimento e melhoria desse serviço. Por exemplo, quando começamos tínhamos apenas duas ambulâncias de suporte básico e uma Unidade de Suporte Avançado, hoje regulamos ligações de 64 municípios componentes da 1ª Macro região de Saúde, sendo que na grande João Pessoa temos cinco USAS, 10 USB e 07 Motolâncias”, contou.

Em 2024, o serviço recebeu 256.590 chamados. No primeiro semestre de 2025, o SAMU já recebeu 132.337 chamados, sendo os casos mais recorrentes para atendimento de pacientes com algum tipo de trauma ou acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio. Dos chamados recebidos para a cidade de João Pessoa, o serviço realizou 13.221 atendimentos, onde 51,98% foram atendimentos clínicos e 34,37% foram atendimentos de trauma.

A funcionária pública Luciana Menezes ressalta a importância do serviço e da precisão do atendimento quando precisou da assistência do Samu. “Eu tinha uma vizinha idosa, que morava sozinha, e um dia ela passou muito mal. Ligamos para o 192. O Samu chegou rapidamente e o atendimento foi muito bom. O médico que realizou o atendimento explicou que foi esse tempo de resposta que fez diferença na vida dela, que estava infartando. Temos muita sorte em ter um serviço como esse e disponível pelo SUS. Acho que todo mundo, alguma vez na vida, já precisou ligar para o Samu ou conhece alguém que o fez”, destacou.

Durante o socorro, o Samu-JP atua em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, dependendo do tipo de chamado. Em casos de afogamentos, choques elétricos e em acidentes de trânsito com vítimas presas as ferragens, deve ser acionado em conjunto com os Bombeiros pelo telefone 193. Em casos de acidentados nas rodoviais estaduais ou federais, o serviço deve ser acionado junto a Polícia Rodoviária Federal pelo número 191. E, quando se tratar de ferimentos por arma de fogo e arma branca, o serviço deve ser acionado em conjunto com a Polícia Militar, pelo 190.

“Atuar no Samu, podendo ajudar as pessoas no momento de maior necessidade é uma realização pessoal e profissional. Sempre desempenhei minhas funções com amor, dedicação e zelo e assim seguirei fazendo, mas esse não é um compromisso apenas meu, mas de todos que compõem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa”, pontuou o diretor administrativo do Samu, Gilmore Lins.

Avanços do Samu JP desde 2021:

Entrega de oito novas motolâncias (janeiro de 2021): A frota de motolâncias foi totalmente renovada, substituindo veículos em uso desde 2014. As novas unidades são conduzidas por técnicos de enfermagem capacitados e equipadas com material clínico, desfibrilador e itens de imobilização, proporcionando maior agilidade no atendimento de urgência.

Entrega de 13 novas ambulâncias e duas viaturas (agosto de 2023): A Prefeitura de João Pessoa adquiriu cinco unidades avançadas, oito básicas e duas viaturas para o Samu, renovando 100% da frota.

Parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para operação de novas ambulâncias (setembro de 2023): Em colaboração com a PRF, foram integradas duas novas ambulâncias para atender ocorrências nas BRs 230 e 101, ampliando a cobertura do Samu em áreas estratégicas.

Entrega de novos fardamentos e kits de segurança (maio de 2024): Durante a Semana da Enfermagem, foram distribuídos coletes com airbag, calças especiais e capacetes para 31 enfermeiros das motolâncias, em um investimento de R$ 370 mil. Essa iniciativa visa garantir mais segurança aos profissionais e faz parte de uma ampla reformulação do Samu-JP, que inclui a renovação da frota e melhorias estruturais.

Entrega de três novas ambulâncias e tablets para informatização do serviço (junho de 2025): Recentemente, o serviço recebeu novas ambulâncias substituíram unidades que estavam em operação há um tempo, criando uma reserva técnica. Os tablets estão sendo utilizados pelas equipes para otimizar os atendimentos, melhorando a comunicação antes feita apenas pelos rádios, além de fornecer dados da ocorrência, como localização e controle de medicações.

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