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Neymar usa crioterapia para acelerar recuperação e voltar à seleção na Copa


Neymar usa crioterapia para acelerar recuperação e voltar à seleção na Copa

O astro da seleção quer voltar o mais rápido possível ao time titular

Categorias: Futebol Mundo

Por: Agência Estado, 30/11/2022

São Paulo, SP, 30 – Prejudicada por lesões na Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira tem uma aliada para acelerar a recuperação de atletas machucados e tenta prevenir que outros se lesionem. Trata-se da crioterapia, tratamento em que o corpo é submetido a temperaturas muito baixas.

Os atletas entram em uma cabine de gelo e por lá ficam de um a três minutos expostos numa temperatura que pode chegar até 180 graus negativos. O aparelho emite uma névoa de nitrogênio e estimula a cicatrização e recuperação, entre outros resultados terapêuticos, sendo mais eficiente do que a tradicional aplicação de gelo.

Neymar usa crioterapia para acelerar recuperação e voltar à seleção na Copa.

Com uma lesão ligamentar no tornozelo direito, Neymar aderiu ao tratamento, segundo soube o Estadão, e tem feito sessões diárias dentro da cabine congelante, chamada de criosauna. Como promove a vasoconstrição, a aplicação do frio no local pode ajudar a reduzir a inflamação e desinchar o tornozelo do camisa 10, que tem ‘dormido’, segundo contaram seus companheiros, na sala de fisioterapia do hotel para estar apto a voltar à seleção no mata-mata da Copa do Mundo.

Neymar tem feito tratamento intensivo em três períodos do dia e usado aparelhos tecnológicos para acelerar sua reabilitação. O astro da equipe e Danilo não enfrentaram a Suíça e nem terão condições de jogar contra Camarões no encerramento da primeira fase, sexta-feira, no Lusail Stadium, assim como Alex Sandro, que sofreu uma lesão no músculo do quadril. Tite escalará um time alternativo, composto basicamente por reservas. Neymar nem foi ao estádio com a delegação na partida diante da Suíça. Ele ficou no hotel.

Os defensores do tratamento creem que os curtos choques de temperatura controlada ativam a liberação de adrenalina dentro da circulação sanguínea, o que aumenta a frequência cardíaca, força muscular e pressão sanguínea e melhora o sistema imunológico.

“Nada mais é que uma banheira de gelo muito avançada”, define o empresário Lucas Bonini Izkovitz, ao Estadão. Ele é sócio da CryoBrazil, empresa que fechou parceria com a CBF para ceder o equipamento. O contrato é vigente apenas durante o Mundial do Catar, mas existe negociação para que a entidade compre uma máquina para deixar em definitivo na Granja Comary, em Teresópolis.

“O equipamento reduz a sensação de fadiga do músculo, além de eliminar todas as toxinas do corpo”, diz Lucas, que trabalha com a tecnologia desde 2018. Ele veio ao Catar e ficou responsável pelo transporte aéreo da máquina, com orientação do departamento de logística da CBF. Também participou de um jantar com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. No Brasil, Corinthians, Cruzeiro e Red Bull Bragantino contam com o equipamento em seus centros de treinamento.

Além da crioterapia e de sessões convencionais de fisioterapia, Neymar também faz uso de uma moderna bota ortopédica em seu tornozelo que mistura crioterapia e compressoterapia, como mostrou o craque brasileiro em publicação em suas redes sociais.

A ideia da comissão técnica, em conversa com o departamento médico, é recuperar o jogador por meios tradicionais, sem ter de recorrer a infiltrações. Esta é uma alternativa que será usada em último caso, a depender do nível de dificuldade do adversário do Brasil na Copa ou do risco de eliminação.

A crioterapia foi inventada pelo médico japonês Toshima Yamauchi no fim da década de 1970, mas foi popularizada no esporte depois que o astro Cristiano Ronaldo adotou o tratamento em 2013 e pagou 45 mil euros para instalar a criosauna em sua mansão em Madri quando defendia o Real Madrid.

Quando se mudou da Itália para a Inglaterra para jogar no Manchester United – clube que não mais defende desde semana passada – o português remontou seu império e gastou mais 50 mil libras para trazer a ‘geladeira humana’ de Turim para Manchester. Ele não abre mão desse tratamento e já publicou imagens em suas redes sociais dentro da cabine gelada.

“Agora vou entrar num negócio de gelo para tirar a dor. Crioterapia que chama, não é?”, disse Tite, em tom de brincadeira, ao encerrar a entrevista coletiva posterior à vitória sobre os suíços, citando a fadiga que tem acumulado devido à pressão com que ele lida no Mundial.

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