Futebol: quem te viu e quem te vê!
A nova ordem do futebol mundial foi mecanizá-lo de vez, asfixiando aquilo que outrora denominava-se improvisação e encantamento.
O Brasil segue aquele com mais jogadores com esse recurso, alguns mais ‘lisos’ como Neymar e Vini Júnior, e outros sem o mesmo balanço
Categorias: Colunas
Por: Agência Futebol Interior, 29/11/2022
Senegal, força física dos africanos
Mais duas colunas produzidas no link Cadê Você se reportam aos saudosos Capelozza e Nicanor de Carvalho Júnior, meia e treinador, respectivamente, com passagens pela Ponte Preta.
Confira no link https://blogdoari.futebolinterior.com.br/
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MECANIZAÇÃO
A nova ordem do futebol mundial foi mecanizá-lo de vez, asfixiando aquilo que outrora denominava-se improvisação e encantamento.
Dribladores são raros. Provavelmente o futebol brasileiro ainda seja aquele com mais jogadores com esse recurso, alguns mais ‘lisos’ como Neymar e Vini Júnior, e outros sem o mesmo balanço, mas com capacidade de perturbarem marcadores.
Na Argentina, a excelência no drible se resume ao meia Messi, mesmo com relativo peso nas pernas devido à idade, enquanto as principais jogadas individuais de França e Alemanha são centralizadas nos atacantes Mbappé e Musiala, que se juntam a alguns outros de selecionados que participam desta Copa do Mundo no Catar.
Excelência do drible na Argentina se resume a MESSI
ATALHOS
Claro que o estilos das equipes de toques de bola, no intuito de valorizá-la, tornaram coisa prioritária.
E insistem nisso, mesmo com demora na busca por supostos atalhos para finalizações.
Evidente que isso tirou – e muito – a beleza plástica do futebol de outrora, nada a ver com esta proposta convencional.
Fazer o que? Agora é assim que a banda toca, gostem ou não; aprovem ou contestem.
TORCER O NARIZ
Desportistas sexagenários e septuagenários, que conviveram com a cultura do prevalecimento do futebol bem jogado, torcem o nariz com a constatação desse excesso de recuo de bola, principalmente para goleiros.
Convenhamos que tornam-se irritantes toques de bola sem objetividade, mesclados a correria desenfreada para transição ofensiva da maioria das equipes.
O meia pensante, que num passe de mágica coloca o companheiro na cara do gol, tornou-se coisa obsoleta, pelo que se vê nesta Copa.
Sim, é válido o argumento que a recomposição da equipe que perde a posse de bola é rápida, e que os espaços são bem ocupados por defensores. Apesar disso, esperava-se pelo menos alguns lampejos nesse sentido.FALTA A ESSÊNCIA
À medida que a competição for se afunilando, vamos buscar novas respostas sobre ela.
Seja quem for o vencedor desta edição, uma certeza: os citados sexagenários e septuagenários podem até aplaudir timidamente quem levantar a taça, mas jamais serão convencidos que a verdadeira essência do futebol é isso que estão vendo.