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Blitz educativa encerra Semana Nacional do Trânsito em Nova Iguaçu

Blitz educativa encerra Semana Nacional do Trânsito em Nova Iguaçu




Em celebração à Semana Nacional de Trânsito, a Prefeitura de Nova Iguaçu, em parceria com o Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ), promoveu, nesta terça-feira (30), a campanha “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, uma ação de conscientização montada na Avenida Luz, próximo à Praça Vitória, no bairro da Luz.

A blitz, que teve caráter educativo, abordou motoristas e, especialmente, motociclistas. Dados do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) mostram que a unidade atendeu, entre janeiro e agosto deste ano, 2.276 pacientes vítimas de acidentes com motocicletas, uma média de 285 atendimentos por mês. O número é ligeiramente superior ao de 2024, que registrou a entrada de 3.329 vítimas de acidentes de moto (277/mês).

“Hoje nós não estamos aqui para multar, mas para ensinar, por meio de exemplos. Precisamos reduzir o número de acidentes de trânsito na cidade e, consequentemente, o número de vítimas internadas nas nossas unidades de saúde. Por isso estamos aqui, junto ao Detran, para esta blitz educativa”, disse o secretário municipal de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana, Leonardo Callijão.

Entre os agentes que faziam as abordagens estavam dois cadeirantes, Elói Mandarino e Bruno Dutra. Ambos são sobreviventes de graves acidentes de trânsito, mas perderam os movimentos dos membros inferiores. Agora eles se dedicam a conscientizar outros condutores e seus caronas sobre como dirigir de maneira segura contando suas histórias.

“Eu tinha ganhado uma moto de presente pelo meu aniversário de 18 anos. Comecei a pilotar e peguei confiança. Até que, numa manhã, colidi com a traseira de um caminhão após virar uma noite inteira bebendo”, revela Bruno Dutra, de 44 anos, que passou oito deles sem sair de casa após fraturar duas vértebras no acidente.

Diferentemente de Bruno, responsável pela colisão, Elói Mandarino não havia consumido álcool nem estava na direção do carro acidentado. Ele, no entanto, aceitou carona de um amigo que havia bebido. Além disso, Mandarino não utilizava o cinto de segurança.

“Uma mistura explosiva de álcool e direção me deixou na cadeira de rodas há mais de 20 anos. Eu não tinha bebido, mas peguei carona com um amigo alcoolizado. Eu estava no banco de trás e sem cinto quando sofremos o acidente. Hoje eu quero ajudar a buscar esta mudança de comportamento na sociedade para que cada vez menos pessoas passem pelo que eu passei”, afirma Elói, de 43 anos. “Os itens de segurança não foram desenvolvidos por acaso. Eles têm uma função importantíssima, ajudam a evitar graves lesões e até mesmo salvam vidas.”

A taróloga Cristiana Joana da Silva, de 46 anos, trafegava pela Avenida Luz quando foi abordada pela blitz educativa. Mesmo com pressa para um compromisso pessoal, ela não se incomodou de parar por alguns minutos e ouvir as orientações dos agentes.

“Eu acho esta ação de conscientização fundamental para a prevenção de acidentes. Inclusive, eu sou a ‘chata do rolé’, implico toda hora com quem não usa cinto, sou sempre a ‘motorista da rodada’ que fica sem beber para levar os amigos para casa”, conta Cristiana.

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