foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
Em participação no Por Onde Anda?, Mancini recordou semifinal entre São Caetano e Atlético
Em 2021, o Atlético encerrou o tabu de quase 50 anos e conquistou o título do Campeonato Brasileiro pela segunda vez. O jejum poderia ter sido quebrado 20 anos antes, mas o sonho foi frustrado em um jogo dramático e chuvoso contra o São Caetano, no Anacleto Campanella, pela semifinal da Série A. Cria das divisões de base alvinegra, Mancini estava emprestado ao adversário na ocasião e contribuiu para os gols que frustraram os planos do Galo de chegar à decisão.
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“São Pedro foi generoso conosco, porque o Atlético foi infinitamente superior. Eu estava emprestado, e naquela oportunidade, quando o jogador estava emprestado, ele podia jogar contra o próprio clube. Hoje já tem uma cláusula”, relembrou Mancini, em entrevista ao Por Onde Anda?, do Superesportes. Comandado por Levir Culpi, o Atlético tinha Velloso, Gilberto Silva, Ramon Menezes, Marques e Guilherme entre os principais destaques. Aos 19 minutos da partida no Anacleto Campanella, Valdo abriu o placar para o Galo. “O jogo começa, o Atlético um time bom demais, faz 1 a 0 com Valdo. A gente não via a cor da bola e correndo errado. De repente, olhamos para o céu, acho que São Caetano nunca viu uma chuva dessas. Tudo escureceu de uma hora para outra e desceu aquela água. O Atlético morreu”, complementou Mancini. O São Caetano empatou aos 30′, com Magrão, depois de cruzamento de Mancini. Aos 34 minutos do segundo tempo, após cobrança de escanteio, outro cabeceio certeiro de Magrão definiu a virada do Azulão. “A gente era um time mais físico, e o Atlético era infinitamente mais técnico. Isso (a chuva) acabou nos favorecendo. Fizemos 2 a 1, com dois cruzamentos meu. Eu era muito amigo do Cleisson e fui até lá no hotel em que estavam (depois do jogo). O futebol é dessa forma, às vezes dá certo aqui, se dá bem, volta melhor. É o ciclo da vida.””O time do São Caetano era bom demais, de correria. Nos nossos domínios, éramos muito fortes, era praticamente imbatível dentro de casa, ganhava de todo mundo, correria. Acabamos felizardos com a final contra o Athletico-PR”, recordou Mancini, destacando a participação do time paulista na decisão perdida para o Furacão no Brasileiro de 2001.
Mancini no Atlético
Mancini iniciou a trajetória no futebol como lateral-direito do Galo, no final da década de 1990. Foi emprestado à Portuguesa e ao São Caetano em 2001 e retornou ao clube alvinegro no ano seguinte. Ele se destacou no Campeonato Brasileiro de 2022, marcando 15 gols na competição. Após ótima temporada, foi vendido ao Venezia, da Itália, antes de ter ótima passagem pela Roma. A terceira e última vez que o ex-jogador defendeu o Atlético foi entre 2011 e 2012, já como meia-atacante. Ao todo, ele fez 27 gols em 174 partidas e conquistou o Campeonato Mineiro em 1999, 2000 e 2012.
São Caetano 2 x 1 Atlético
São Caetano: Sílvio Luiz; Mancini, Daniel, Dininho e Marcos Paulo; Simão, Serginho, Tinga e Anaílson (Muller); Magrão e Esquerdinha (Marlon). Técnico: Jair Picerni.Atlético: Velloso; Baiano, Marcelo Djian, Álvaro e Felipe (Romeu); Gilberto Silva, Cleison (Kim), Ramon Menezes e Valdo (Alexandre). Marques e Guilherme. Técnico: Levir Culpi. Data: 9 de dezembro de 2001Local: Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul-SPMotivo: Semifinal do Campeonato Brasileiro de 2001Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS) Assistentes: José Carlos Oliveira (RS) e Altemir Hausmann (RS)Renda: R$ 538.922,00Público: 23.000