A atenção aos sintomas, diagnóstico precoce e tratamento adequado podem garantir anos de vida saudável ao pet diagnosticado com leishmaniose visceral canina, infecção parasitária transmitida pelo mosquito-palha, que ataca o sistema imunológico do animal.
O médico-veterinário da Subsecretaria do Bem-Estar Animal (Subea), Edvaldo Salles, explica que o mosquito é comum em áreas com matéria em decomposição, como árvores frutíferas, galinheiros, matos altos com fezes e outros. “Nossa recomendação é que os tutores mantenham o ambiente em que o animal vive sempre limpo, usem coleiras repelentes e inseticidas para proteção, e estejam sempre atentos aos sinais do animal”.
Edvaldo ressalta que os principais sintomas do animal infectado são a perda de peso, alopecia, a queda de pelos ao longo do corpinho e lesões na pele, principalmente ao redor dos olhos, no focinho e ponta das orelhas.
Foi isso que chamou a atenção de Júlia Alves, tutora de Kira, uma bull terrier de cinco anos diagnosticada com a doença em maio do ano passado.“Começamos a notar que ela estava emagrecendo e com algumas feridas na pele. Conhecemos a Subea pelas redes sociais e decidimos levá-la lá para consulta. Fomos muito bem atendidos e, após uma bateria de exames, veio o resultado positivo. Nos assustou muito, porque só ouvimos coisas negativas a respeito da doença”, conta.
Júlia conta ainda que retornou várias vezes para acompanhamento na Subsecretaria enquanto não tinha condições para o tratamento. “O tratamento que havíamos pesquisado estava fora do nosso orçamento, mas ela estava piorando e estávamos muito abalados, porque ela é um membro da família. Com isso, a doutora nos passou um tratamento manipulado que, com 15 dias, já começamos a ver o resultado. Ela teve uma grande evolução e agora voltou a ser a nossa Kira, principalmente pelo acompanhamento que temos pela parte do Subea, ela voltou a ser a cadela brincalhona que sempre foi”, finaliza.
O veterinário ressalta que o tratamento adequado e contínuo garante qualidade de vida ao pet. “É importante que as pessoas saibam que antigamente, quando um pet testava positivo, ele recebia uma sentença, e hoje não. Atualmente, com o tratamento adequado, o animalzinho tem uma vida normal, com saúde e qualidade”.
A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Subea, localizada na Rua Rui Barbosa, 3538 – Vila Alta, oferece consultas veterinárias gratuitas às segundas, terças, quintas e sextas-feiras. Às quartas-feiras, a equipe realiza atendimentos exclusivos para ONGs e protetores independentes. Para mais informações, o tutor interessado pode ligar para 2020-1397.
No local, são distribuídas 15 senhas pela manhã, a partir das 7h30, e 15 senhas à tarde, a partir das 13h. O tutor deve comparecer à unidade de atendimento com o seu animal, além de documento com foto, comprovante de residência e o número do NIS.
Além disso, o exame laboratorial para detecção da Leishmaniose Visceral Canina é realizado gratuitamente na Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ). O serviço está disponível todos os dias da semana, inclusive aos sábados, domingos e feriados.
As coletas de sangue ocorrem de segunda a sexta-feira, das 7h às 21, e aos sábados, domingos e feriados, das 6h às 22h, sem a necessidade de agendamento. Os resultados serão enviados ao tutor via WhatsApp em até 10 dias úteis. É necessário levar o animal ao CCZ, localizado na Avenida Senador Filinto Muler, 1.601–Vila Ipiranga. O exame é indicado para cães com idade superior a quatro meses.
Em casos mais graves, onde o animal precisa de internação, a Subsecretaria oferece, por meio de convênio com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), atendimento veterinário de alta complexidade. Cirurgias ortopédicas, exames de imagem, piometra, cesariana de urgência, internação, ultrassonografia, radiografia, eletrocardiograma, endoscopia, exames laboratoriais bioquímicos e parasitológicos, além de consultas veterinárias especializadas, são alguns dos serviços oferecidos pelo convênio.
#pratodosverem A matéria possui três imagens. A da capa mostra a cachorra da raça bull terrier, branca, com roupa azul e coleira vermelha, pós-atendimento na frente da Unidade de Bem-Estar Animal. A segunda mostra Kira antes do tratamento contra a leishmaniose, com lesões na pele e cone no pescoço para não coçar. Já a terceira, mostra a pet pós-tratamento, sem lesões na pele e saudável.