Saiba o que não pode na foto da CNH e conheça quem ajuda a garantir o padrão de foto oficial

Servidora do Detran-MS ajuda mulheres durante renovação da CNH com o blazer preto da empatia

No Detran-MS (Departamento Estadual de Transito de Mato Grosso do Sul), Agência do Shopping Campo Grande, a servidora Vera Martins ficou conhecida por um gesto simples, mas cheio de empatia. Sempre que uma mulher chega à unidade com agendamento para renovar a CNH e com a parte de cima do look que não se enquadra nas normas de captura de imagem, é o blazer preto dela que entra em cena.

“Já perdi as contas de quantas vezes emprestei. Às vezes a pessoa chega direto do trabalho, com uma blusa de alça ou mais estampada, e acaba sendo pega de surpresa. Eu sempre digo: calma, a gente dá um jeitinho. O importante é sair daqui com o documento pronto e satisfeita”, conta Vera, com o sorriso de quem entende que pequenos gestos fazem diferença.

O cuidado da servidora tem base técnica. Fotos usadas em documentos oficiais, como RG e CNH, seguem normas federais e estaduais que garantem a identificação precisa da pessoa. As regras determinam que as roupas devem ser neutras, lisas e sem estampas chamativas, evitando regatas, alças finas ou peças que deixem os ombros à mostra.

Servidora do Shopping Campo Grande empresta seu blazer de 8 a 10 vezes ao dia

De acordo com o diretor de Habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira dos Santos, o cumprimento dessas normas é essencial para garantir a segurança e a autenticidade dos documentos. “As orientações seguem padrões nacionais e internacionais de identificação civil. A padronização da imagem assegura a fidelidade do registro, evitando inconsistências e possíveis fraudes. Por isso, é fundamental que os servidores orientem com clareza e respeito, mantendo sempre o equilíbrio entre técnica e acolhimento”, explica Luiz Fernando.

Na ultima quarta-feira (8), Gisele Michaloski Bezerra de Araújo compareceu à Agência do Shopping Campo Grande para renovar a CNH. Ao perceber que sua blusa era regata e deixava os ombros descobertos, foi surpreendida pela gentileza da servidora, que prontamente lhe ofereceu o blazer preto para o registro.

“Atendimento perfeito. Fui pega de surpresa pelo uso da blusa, que é regatinha, e a gente esquece de prestar atenção, que não pode tirar foto assim. Me impressionou a disponibilidade de emprestarem um casaquinho para a gente utilizar. Parabéns pelo atendimento!”, elogia Gisele.

Itens religiosos, como véus e turbantes, são permitidos, desde que o rosto permaneça totalmente visível. As orientações seguem a Resolução nº 1.006/2023 do Contran e normas da Senatran, que equilibram segurança e respeito à liberdade individual e religiosa.

O cabelo precisa estar arrumado, sem cobrir sobrancelhas, orelhas ou traços do rosto. Também não são aceitos bonés e óculos escuros. Além disso, é importante manter a expressão neutra, sem sorrir, conforme o padrão internacional da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO).

Para a gerente regional de Campo Grande, Juliana Castro, atitudes como a de Vera reforçam o compromisso do órgão com o atendimento acolhedor.

“Mesmo em procedimentos técnicos, é possível agir com empatia e sensibilidade. O exemplo da nossa servidora Vera mostra que servir com atenção e respeito é parte essencial do trabalho público”, destaca Juliana.

O gesto da servidora mostra que, mesmo em um processo técnico, gentileza também é parte do atendimento público e pode transformar uma norma em um momento de cuidado e respeito.

Mireli Obando, Comunicação Detran-MS
Foto: Detran-MS

Campo Grande amplia acesso à cultura com peça em penitenciárias femininas – CGNotícias

Com o compromisso de incentivar a cultura e ampliar o acesso à arte em diferentes territórios da cidade, a Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Fundac), está operacionalizando recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) para viabilizar ações culturais transformadoras. Um dos projetos contemplados é “A Valsa em Lugares Esquecidos”, que, a partir do dia 16 de outubro, leva o drama psicológico “Valsa nº 6”, de Nelson Rodrigues, a espaços onde a arte raramente chega: as penitenciárias femininas da Capital.

Idealizado e protagonizado por Tauanne Gazoso, o projeto propõe uma circulação inédita do espetáculo em locais onde a escuta, o acolhimento e a beleza podem reacender o desejo de liberdade. A peça reafirma o poder da arte de atravessar muros — físicos e emocionais —, abrindo espaço para que vozes silenciadas também dancem sua própria valsa.

A programação começa com uma apresentação gratuita e aberta ao público no Sesc Teatro Prosa, no dia 16 de outubro, às 19h, com intérprete de Libras. Os ingressos estão disponíveis via Sympla, acessível pelo perfil do Sesc Cultura MS no Instagram (@sescculturams).

Em seguida, o espetáculo será levado a duas unidades prisionais femininas de Campo Grande. No Estabelecimento Penal Feminino de Regime Semiaberto, Aberto e Assistência à Albergada, a mediação cultural com as internas acontece no dia 20 de outubro, conduzida por Halisson Nunes e Tauanne Gazoso. A apresentação ocorre no dia 21. Já no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, as mediações serão realizadas em 22 de outubro, seguidas de quatro sessões nos dias 23 e 24, uma em cada turno, voltadas exclusivamente às mulheres em privação de liberdade.

O projeto se propõe a ser um ato político e poético, ao adentrar espaços considerados invisíveis.

“A arte precisa ocupar todos os lugares e estar a serviço de todas as pessoas. O nosso papel como artistas é também buscar estratégias para levar o teatro a esses espaços e contribuir para a transformação social”, explica Tauanne Gazoso, que interpreta Sônia, uma jovem que tenta reconstruir sua própria história em meio às lembranças e delírios provocados por um crime de feminicídio.

Em cena, Tauanne Gazoso interpreta sozinha todos os desdobramentos da personagem: a menina, a mulher, as vozes que a assombram e as memórias que tenta recompor. A atuação exige entrega e precisão.

“A personagem transita entre planos da alucinação e da memória, e isso requer uma intimidade muito grande com o texto e com as imagens que ele provoca. A cada nova temporada, coisas diferentes emergem. É um processo vivo”, comenta a atriz.

O título “A Valsa em Lugares Esquecidos” nasce justamente dessa urgência de presença e pertencimento. “Associamos os ‘lugares esquecidos’ justamente à ausência do teatro nesses espaços. Conversamos com a Agepen e confirmamos que ainda não houve nenhuma apresentação teatral nas penitenciárias femininas de Campo Grande. Por isso, nosso gesto é também um ato de pesquisa e resistência”, complementa Halisson Nunes, responsável pela preparação corporal e produção executiva do projeto.

Mais de sete décadas após sua estreia, “Valsa nº 6” segue atual ao tratar do feminino e da violência de gênero. “Durante o espetáculo, Sônia vive a transição entre menina e mulher, enfrentando conflitos que reverberam profundamente nas mulheres e no público em geral”, acrescenta Tauanne.

Para Halisson, a escolha da obra é ainda mais significativa no contexto local: “a peça ganha um sentido ainda mais urgente quando apresentada a mulheres privadas de liberdade, muitas delas atravessadas por uma sociedade machista e seus efeitos”, destaca, lembrando que Mato Grosso do Sul figura entre os estados com maiores índices de feminicídio no Brasil.

Além das apresentações, o projeto promove mediações culturais com as internas, com o objetivo de ampliar o diálogo e fomentar a escuta sensível e o compartilhamento de experiências.

“O teatro é um encontro potente, em que o ator e o público expõem suas vulnerabilidades e potencialidades. É um espaço de liberdade, e falar de liberdade é essencial, especialmente em lugares onde ela é restrita”, reflete Tauanne, citando Cecília Meireles: “‘Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda’”.

Para Halisson, o impacto das ações vai além do simbolismo.

“O teatro só acontece porque existe a relação entre ator e público. Quando essas mulheres são inseridas nesse processo e podem se reconhecer como protagonistas de suas próprias realidades, as transformações são inevitáveis”.

Mais informações sobre o projeto pelo Instagram @valsaemmovimento.

Ficha Técnica

Texto de Nelson Rodrigues

Direção e Atuação: Tauanne Gazoso

Design Gráfico: Eduardo Azevedo

Figurino: Ateliê da Sete

Fotógrafo: Lunar Fotografía

Iluminação: Luiz Sartomen

Pianista: Ana Ferreira Preparação Corporal

Produção Executiva: Halisson Nunes

Trilha Sonora: Ana Flávia de Melo

Assessoria de imprensa: Lucas Arruda e Aline Lira

#ParaTodosVerem A imagem de capa mostra trecho da peça com a personagem Sônia em pose com a cabeça para trás e cabelos castanhos compridos. A imagem interna é da equipe da peça.

Vacina brasileira de covid ajuda a combater negacionismo, diz ministra

Por MRNews

O Brasil publicou este mês o primeiro artigo científico sobre testes de segurança envolvendo uma vacina contra a covid-19 totalmente nacional. Os resultados demonstram que o imunizante, chamado SpiN-TEC, é seguro. A dose avança agora para a fase final de estudos clínicos e deve estar disponível para a população até o início de 2027.

Desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a vacina conta com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Ao todo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 140 milhões, por meio da RedeVírus, apoiando desde os ensaios pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3. 

Em entrevista à Agência Brasil e à TV Brasil, a chefe do MCTI, Luciana Santos, classificou o desenvolvimento do imunizante como algo revestido de simbolismos em meio à luta contra o negacionismo. Ela se mostrou otimista em relação a uma futura aprovação da dose pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e citou outras iniciativas de fomento de novas tecnologias em andamento no país.

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Confira os principais trechos da entrevista:

TV Brasil: Ministra, o que representa o desenvolvimento dessa vacina para a ciência brasileira?
Luciana Santos: Um grande marco da luta contra as evidências científicas e do negacionismo se deu no auge da covid-19, uma pandemia que impactou o mundo todo. No Brasil, tínhamos um chefe de Estado que negava a ciência. E todos nós sabemos os impactos disso: fomos a segunda população do planeta com mais mortes por covid.

Acho que o desenvolvimento dessa vacina se reveste de muitos simbolismos. Primeiro, da capacidade da inteligência brasileira. Nós temos um histórico, através de instituições que são longevas, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, que, naquele momento de pandemia, acudiram através de transferência de tecnologia, o que salvou o povo brasileiro.

Os desafios para as pandemias vão ser cada vez mais urgentes. No caso específico, a SpiN-TEC, do Centro de Tecnologia de Vacinas da UFMG, que a gente apoiou com investimentos no montante de R$ 140 milhões, mostra que o Brasil é capaz de produzir soluções brasileiras, da inteligência brasileira.

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Penso que é um momento de afirmação da necessidade de virar a página do negacionismo no país e de dizer que a inteligência brasileira resolve questões, resolve problemas. Fico imensamente feliz, orgulhosa e com a certeza de que a gente tem capacidade de enfrentar vários desafios.

A SpiN-TEC é um libelo à inteligência brasileira, 100% produzido no Brasil.

TV Brasil: O fomento do MCTI foi fundamental para o desenvolvimento da vacina. Que outras iniciativas de fomento de novas tecnologias estão em andamento para a melhoria da qualidade da saúde pública no Brasil?
Luciana: Como é um centro de tecnologia de vacinas que, inclusive, funciona em rede, contando com o Parque Tecnológico de Belo Horizonte, esse ecossistema é que faz valer as soluções. São muitas pessoas envolvidas no processo, muitas mãos para chegar a soluções complexas. Lá, nós vamos tratar da malária, da doença de Chagas, doenças propriamente do nosso clima, da nossa floresta tropical. Além das terapias que já existem hoje, nós vamos garantir uma vacina. Tudo isso está em andamento. É algo muito importante e animador.

Assim, a gente vai poder dar ênfase aos desafios do complexo industrial da saúde, que são garantir equipamentos, insumos, medicamentos e vacinas que possam enfrentar coisas que são próprias do Brasil, contra as quais só a gente mesmo é que pode apresentar soluções.

TV Brasil: O Brasil vem conquistando cada vez mais reconhecimento no mundo em vários campos da ciência. Um exemplo foi o mapeamento do genoma do coronavírus, realizado pela cientista Jaqueline Goes de Jesus. Como as políticas de fomento podem contribuir para esse processo?
Luciana: O complexo industrial de saúde engloba desafios propriamente da área de saúde, equipamentos, insumos e medicamentos. Aliás, esse é o segundo déficit da balança comercial do Brasil, próximo de US$ 20 bilhões. E eles integram a Nova Indústria Brasil [política industrial lançada pelo governo federal em janeiro de 2024, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento da indústria nacional até 2033].

É um desafio. Uma das escolhas que o Brasil fez foi nos tornarmos independentes, diminuir a nossa dependência desse conjunto de questões que diz respeito ao povo brasileiro. E, com isso, baratear custos, dar mais acesso, facilitar. Só pra dar um exemplo, a produção nacional do fator recombinante 8, que é um IFA [insumo farmacêutico ativo] de hemoderivados, vai significar US$ 1,2 bilhão a menos na balança comercial brasileira.

Toda essa agenda que o presidente Lula lidera vai na direção de superar a dependência, ainda mais no contexto que a gente está vivendo, de muito ataque à nossa soberania. Soberania diz respeito a conseguir garantir que algumas soluções para o povo brasileiro a gente não precise importar. Nossa infraestrutura de pesquisa, nossa inteligência, pesquisadores e pesquisadoras, esses milhares de brasileiros e brasileiras que estão nos laboratórios, nos estudos de ciência e tecnologia, nas universidades, produzindo soluções, precisam cada vez mais ter visibilidade pra gente dar valor.

Vacina SpiN-TEC desenvolvida na UFMG, que protege contra mais variantes do vírus da covid-19. Foto: Virgínia Muniz/CTVacinas

Agência Brasil: A senhora citou um certo otimismo para levar a vacina até a Anvisa. O governo trabalha com algum tipo de prazo para essa aprovação junto à agência reguladora? Seria algo a se esperar ainda este ano ou em meados do ano que vem?
Luciana: Esse é um debate que todo o ecossistema de medicamentos tem reiterado. A necessidade de a gente dar celeridade, ter corpo, gente suficiente. E a expectativa é que a vacina já vai entrar pra poder fazer a avaliação junto à Anvisa. Eu sou otimista, eu acho que nós vamos conseguir fazer isso de modo a garantir que ela entre em produção ainda no ano que vem.

Agência Brasil: A gente já tem algumas vacinas produzidas no Brasil. Qual a diferença, exatamente, no caso da SpiN-TEC?
Luciana: A diferença é que não vamos precisar importar insumos ou princípio ativo, que chamam de insumo farmacêutico ativo. No Brasil, a gente pôde produzir, dentro da Fiocruz, por transferência de tecnologia, tanto a CoronaVac como a AstraZeneca, cada uma vinda de uma de um país diferente. Agora, não vamos depender de nenhuma transferência tecnológica nem de insumo. Por isso é 100% nacional. Os insumos utilizados para poder produzir essa vacina são nossos. E a inteligência e a tecnologia adquirida para ter a eficácia da vacina também são brasileiros. Ou seja, zero necessidade de alguma dependência de tecnologias.

Com isso, não quero dizer que nós sejamos avessos à pesquisa em rede ou à transferência. Pelo contrário, o mundo precisa de transferência tecnológica. Tanto é que nós estamos sempre dispostos a socializar o que a gente tem de conhecimento de tecnologia. É isso que nos move. Mas ter algo 100% nacional é motivo de esforço de gerações, de muitas mãos que conseguiram garantir isso.

É uma emoção para todos os pesquisadores e pesquisadoras que participaram desse processo. É uma grande conquista, né? De autoestima, de autodeterminação. E a gente poder dizer que, assim como a covid, em outras circunstâncias, nós vamos poder nos antecipar às pandemias.

Agência Brasil: Findadas todas as fases de estudo clínico, com a aprovação da Anvisa, a vacina teria de passar ainda pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e passe a fazer parte do calendário nacional de vacinação?
Luciana: Ah, certamente. Afinal, o SUS acaba sendo o principal comprador de medicamentos. Até porque ele é singular. Só existe no Brasil um sistema que tem como pressuposto ser universal, ser gratuito, dar acesso a todo mundo. No caso do centro de tecnologia de Minas, é claro que não vai ser uma universidade que vai produzir as doses. Ele deu a solução e vai fazer a transferência tecnológica para uma empresa nacional produzir a vacina.

Prefeitura de Sorocaba inicia pavimentação de rua na Vila Haro – Agência de Notícias



10 de outubro de 2025

16:41

Por: Evelyn Azevedo

Fotos: Michelle Alves – Secom

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Obras (Serpo), deu início, nesta sexta-feira (10), às obras de pavimentação asfáltica da Rua Santa Isabel, localizada na Vila Haro, Zona Leste da cidade.

A intervenção faz parte do primeiro lote do programa estadual “Nossa Rua”, com prazo de entrega de até 24 meses, para o conjunto de obras. “Este ano nós iniciamos a ações do programa, que são muito aguardadas pela população. Além da Vila Haro, outros bairros são beneficiados, como Caputera, Aparecidinha e Cajuru do Sul, graças à parceria da Prefeitura e do Estado”, disse o prefeito Rodrigo Manga.

A pavimentação, em mil metros quadrados de área, será viabilizada por meio do convênio e executada pela CG Engenharia e Construtora Ltda., sob a supervisão da Serpo.

“Esse é um momento importante para os munícipes dessa região. O início das obras é o resultado do ótimo trabalho realizado pelas equipes municipais em prol da população”, completou o secretário da Serpo, Darwin Almeida Rosa.

Também estiveram presentes, o secretário de Gabinete Central (SGC) e da Ouvidoria-Geral do município, Evandro Bueno; a coordenadora da Criança e do Adolescente da Secretaria da Cidadania (Secid), Ana Lúcia Batista, mais os vereadores Rogério Marques e Fernando Dini.

Pesquisa do Procon de MS revela que videogames variam até 57% no e-commerce – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Pesquisa do Procon Mato Grosso do Sul revela que, para o Dia das Crianças, o preço dos videogames pode variar até 57% em lojas de comércio eletrônico. Os dados coletados consideram o pagamento à vista, uma vez que o parcelamento pode ter taxas aplicadas.

Foram pesquisados, no dia 8 de outubro, os valores aplicados aos produtos PlayStation 5 Slim, Xbox Série S e Nintendo Switch, no site de seis empresas.

A maior variação foi registrada no Xbox, alcançando 57,91%. Os preços variaram de R$ 2.686,30 a R$ 4.241,99. Já o PlayStation apresentou uma diferença de 14,75%, sendo comercializado entre R$ 3.660 e R$ 4.199,99.

O Procon Mato Grosso do Sul, instituição vinculada à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), orienta pais e responsáveis que optarem pela compra de videogames a se atentarem a questões como consumo de energia elétrica, garantia, política de troca da loja e, principalmente, a evitar links enviados por redes sociais e aplicativos de mensagens. Esses links podem indicar eventual fraude, levando a perdas financeiras e ao risco de seus dados pessoais serem utilizados em outros golpes.

Todos os itens pesquisados, estabelecimentos e valores podem ser consultados no site do Procon Mato Grosso do Sul e no link https://tinyurl.com/586ytt9e. Os produtos estão sujeitos à disponibilidade.

Kleber Clajus, Comunicação Procon/MS
Foto: Ilustração

Nota Oficial – Prefeitura Municipal de Bonito

Por MRNews

A Prefeitura Municipal de Bonito informa que o prefeito Josmail Rodrigues exonerou os servidores Edilberto Cruz Gonçalves, do cargo de secretário de Administração e Finanças, e Luciane Cintia Pazzete, do cargo em comissão de diretora do Departamento de Licitação. As exonerações foram formalizadas e serão publicadas no Diário Oficial dos Municípios na próxima segunda-feira, 13 de outubro de 2025.

Dia do Guarda Civil Metropolitano é marcado por avanços e fortalecimento da segurança em Campo Grande – CGNotícias

fim de semana tem show de Michel Teló, Bienal do Livro, Festival da Culinária e exposições pelo interior – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Escolas da Rede Municipal de Ensino celebram a Semana da Criança – CGNotícias

Na Semana das Crianças, as unidades da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande estão repletas de cores, alegria e brincadeiras. As escolas promovem uma série de atividades e de experiências lúdicas voltadas especialmente à Educação Infantil, valorizando o brincar como parte fundamental do desenvolvimento das crianças.

Essa iniciativa, já consolidada em calendário escolar, tem como foco fortalecer vínculos, estimular a criatividade e proporcionar experiências significativas que integram o aprendizado ao lúdico.

Para a superintendente de Políticas Educacionais, Ana Cristina Cantero Dorsa, a comemoração do Dia das Crianças vai muito além de uma festa para as crianças.

“É um reconhecimento do período da infância como fase essencial para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo dos alunos”, ressalta.

As atividades são realizadas tradicionalmente na semana que antecede o Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro. Durante esse período, as escolas organizam uma programação diversificada, com brincadeiras, oficinas e momentos de convivência que valorizam a cultura infantil e o brincar como a principal linguagem da criança, forma pela qual ela se expressa, comunica e compreende o mundo.

Entre as ações que fazem parte da programação estão o dia do tradicional cabelo maluco, o banho de mangueira, o futebol de sabão, jogos coletivos e gincanas, o dia do brinquedo, o lanche coletivo e outras atividades recreativas que estimulam a socialização, a cooperação e o cuidado com o outro.

Para o secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bittencourt de Souza, o brincar tem papel essencial no processo de aprendizagem.

“O brincar traz para essa criança aspectos motores e cognitivos, mas, principalmente, o desenvolvimento da autonomia. E é isso que nós estamos trabalhando diariamente: unir o ensino ao lúdico, promovendo uma formação integral e preparando essa criança para ser um ser crítico e pensante da sociedade”, destaca.

A celebração do Dia das Crianças reforça o direito e a necessidade do brincar para o desenvolvimento integral. A brincadeira, em seus diversos formatos e espaços, amplia o conhecimento, estimula a imaginação e fortalece as competências emocionais, sociais e cognitivas das crianças.

De acordo com Luzane Azevedo Freire, diretora-adjunta da Escola Municipal Prof.ª Lenita de Sena Nachif, localizada no Jardim Centro Oeste, a instituição celebra a Semana da Criança anualmente com grande envolvimento da comunidade escolar.

“A escola é um espaço de disciplina e estudo, mas também um local para brincar e ser feliz. É fundamental que as crianças tenham acesso a interações significativas e afetivas, que promovam seu desenvolvimento integral”, afirma Luzane.

As ações desenvolvidas nas escolas da Reme durante a Semana da Criança buscam garantir momentos de qualidade entre adultos e crianças, fortalecendo vínculos afetivos e construindo memórias afetivas que acompanharão os alunos ao longo de toda a sua trajetória escolar.

#ParaTodosVerem: a matéria tem 4 fotos que mostram crianças brincando e interagindo entre elas na escola municipal

Semob-JP define plano de trânsito para corridas de rua que acontecerão neste domingo

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) definiu o plano de trânsito e a segurança viária para duas corridas de rua que acontecerão neste domingo (12). Os eventos serão nos bairros do Altiplano – Corrida Jampa City Half Marathon -, e no Jardim Cidade Universitária – 1ª Corrida do Encontro de Adolescentes com Cristo (EAC) da Paróquia Santo Antônio do Menino Deus.

Para os eventos esportivos, a Semob-JP escalou 45 agentes de mobilidade, que serão distribuídos em todo o percurso, em pontos fixos, movéis em viaturas e por câmeras no Centro Operacional de Trânsito e Transportes (COTT), garantindo a proteção dos atletas e espectadores, além da fluidez do tráfego de veículos.

A Corrida Jampa City Half Marathon terá três percursos – 5, 10 e 21 km, com largada e chegada na Estação Cabo Branco – Ciências, Cultura e Artes, no Altiplano. Os atletas sairão às 5h30 e seguirão pela Avenida Cabo Branco, com retorno dos 5 km na Fundação Casa de José Américo. Já os competidores que farão os 10 km retornarão a partir do Busto de Tamandaré. Quem disputa os 21 km, continuará pela Avenida Epitácio Pessoa, sentido Centro, depois Praça da Independência, Avenida Monsenhor Walfredo Leal até o cruzamento com a Rua Eurípedes Tavares, ponto de retorno. Os organizadores estimam finalizar o evento às 9h.

Já a 1ª Corrida do EAC tem largada às 6h em frente a Paróquia Santo Antônio do Menino Deus, no Jardim Cidade Universitária. Os atletas de 3 km seguem pela Rua Rejane Freire Correia, Rua Agente Fiscal Walfredo Bezerra da Silveira, Rua Radialista Antônio Assunção de Jesus, depois Rua Comerciante Aristides Costa, onde retornam para a Rua Rejane Freire Correia. Para quem vai fazer os 5 km, após todo o percurso anterior, seguem pela Rua Nurisman de Andrade Carneiro, de onde retornam para a Paróquia, local de chegada dos percursos. O encerramento das corridas está previsto pela organização às 8h.

COTT – O Centro Operacional de Trânsito e Transportes (COTT) da Semob-JP acompanha, por meio de câmeras de monitoramento, todo o trajeto das corridas, fornecendo suporte tecnológico e operacional decisivos na segurança dos participantes e espectadores, bem como na fluidez do tráfego de veículos e segurança viária, acionando as equipes de agentes em campo quando identificam a necessidade de intervenção imediata. A população também pode acionar o COTT para ocorrências de trânsito e transportes, apenas por meio de mensagens pelo WhatsApp 9 8760-2134.

Mais que tecnologia, Detran-MS celebra os 48 anos de MS com ações e entregas que conectam pessoas

Mato Grosso do Sul celebra 48 anos de criação com um olhar voltado para o futuro. O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) tem sido um dos protagonistas dessa trajetória de modernização. Mais do que um órgão de fiscalização e registro, o Detran-MS tornou-se símbolo da transformação digital e da gestão pública centrada nas pessoas.

Nos últimos anos, o Detran-MS consolidou-se como referência nacional em tecnologia, governança digital e segurança viária, traduzindo o avanço do Estado em resultados concretos para o cidadão.

Da Estônia ao celular do sul-mato-grossense

Em novembro de 2024, o Detran-MS firmou uma parceria inédita com a Estônia, país reconhecido mundialmente pela excelência em governo digital.  O acordo tem como objetivo fortalecer a interoperabilidade, a cibersegurança e os serviços públicos digitais voltados ao cidadão.

Estônia é referência mundial em tecnologia aplicada no serviço publico

Com isso, o órgão consolidou a marca de 95% dos serviços digitalizados, com destaque para soluções como o assistente virtual Glória, portal de serviços Meu Detran e o aplicativo Meu Detran MS.

Segundo o diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade, o projeto simboliza um salto de eficiência e visão de futuro: “Essa parceria nos aproxima de modelos internacionais de excelência e mostra que Mato Grosso do Sul está preparado para oferecer serviços públicos inteligentes, ágeis e acessíveis. É um passo histórico na direção do governo digital que sonhamos”. 

Modelo nacional no Novo Marco Legal

Outro marco importante foi o pioneirismo do Detran-MS na aplicação da Lei 14.711/2023, o Novo Marco Legal de Garantias. Em janeiro de 2025, o órgão tornou-se o primeiro do Brasil a intermediar a recuperação extrajudicial de veículos inadimplentes. O processo, realizado por empresas registradoras credenciadas, que notificam o devedor que pode negociar antes da execução da busca e apreensão do veículo.

Fiscalização moderna e presença ampliada

Também em janeiro de 2025, o Detran-MS inaugurou, em Naviraí, a quarta Unidade Operacional de Fiscalização do Estado, que se uniu a Campo Grande, Dourados e Aquidauana. A estrutura reforça o trabalho das forças estaduais e federais, com foco na redução de acidentes e crimes em rodovias e vias urbanas. Equipada com etilômetros, viaturas conectadas e o sistema CISV Glass, que identifica veículos roubados ou com restrições judiciais, a unidade representa o investimento contínuo em tecnologia e segurança. 

Grupamento de Motociclistas Patrulheiros do Detran-MS

Outro marco importante ao longo do ultimo ano foi a integração do CISV (Centro Integrado de Segurança Viária) ao Ministério da Justiça, possibilitando o monitoramento em tempo real de veículos com registro de roubo em qualquer unidade da federação, ampliando a segurança nas fronteiras e em todo o país. A atuação conjunta das forças de segurança por meio da plataforma, possibilitou a recuperação de diversos veículos e até localização de familiar, cujo carro estragou em trecho onde não havia sinal de celular. 

A criação do Grupamento de Motociclistas Patrulheiros do Detran-MS, chegou para reforçar a segurança viária nas vias públicas do Estado. As motocicletas dão mais agilidade de locomoção para ações como escolta de autoridades, apoio a eventos e na resposta rápida a ocorrências, tanto em vias urbanas quanto em rodovias.

Serviços digitais que mudam o dia a dia

Nos últimos meses, o Detran-MS intensificou a entrega de soluções digitais que simplificam a rotina do cidadão. A exemplo da transferência digital de veículos, processo 100% online pelo portal Meu Detran e pela Carteira Digital de Trânsito (CDT), dispensando a presença nas agências e serviços cartorários.

Aplicativo Meu Detran MS tem conquistado os sul-mato-grossenses. Foto: Robson Dantas

A digitalização das guias de licenciamento foi um marco importante dentro dos pilares verde e digital da gestão estadual. Representando eliminação de guias físicas impressas, que representavam menos de 10% de guias pagas, e envio postal, com economia de recursos e mais sustentabilidade.

Aplicativo “Meu Detran MS” representa a liberdade de acesso aos serviços do Detran-MS, com a possibilidade de iniciar a renovação da CNH, consultar pontos da CNH, débitos e realizar agendamentos.

Educação e inclusão 

Mais do que tecnologia, o Detran-MS também avançou em educação, inclusão e valorização das pessoas. Entre as iniciativas de destaque está o programa “Detran por Elas”, que cria uma rede de apoio e acolhimento de servidoras vítimas de violência ou assédio no trabalho ou em domicílio. 

A facilitação do processo de habilitação para imigrantes garante acesso seguro e regular à mobilidade, oportunizando a empregabilidade e consequentemente a dignidade. O Guichê 60+ que oferece atendimento personalizado para pessoas idosas já atendeu 5,6 mil no Estado. Embora o Guichê 60+ esteja apenas em duas agências, por enquanto, o atendimento no interior do Estado também disponibiliza dessa humanização. 

De Camapuã, Ranulfo Custódio ficou conhecido em todo Brasil após renovar CNH aos 102 anos

Foi por meio do atendimento humanizado do Detran-MS que, em maio, o Estado e o Brasil conheceram o condutor ativo mais experiente de Mato Grosso do Sul. O camapuense Ranulfo Custódio renovou sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) aos 102 anos e ficou conhecido nacionalmente. A história dele inspirou outros idosos a também buscarem a liberdade de dirigir. Em outubro de 2024, os condutores 60+ com habilitação ativa (sem considerar CNHs vencidas há mais de 30 dias) representavam 15% do total de habilitados no Estado. Um ano depois, esse percentual subiu para 24%, alcançando 260.746 condutores nessa faixa etária.

O “Vencendo o medo de dirigir”, ajuda cidadãos a reconquistarem a autonomia no trânsito.  Somente no ano de 2024, 119 pessoas participaram do programa que trabalha com o acolhimento e principalmente com o tratamento psicológico do medo de dirigir. 

Crianças em atividade no Detranzinho. Foto: Mireli Obando

Ao longo de mais de duas décadas, a Cidade Escola de Trânsito – Detranzinho tem desempenhado um papel fundamental na formação de estudantes do estado. Anualmente o Detranzinho recebe em média 8 mil estudantes. A visita à mini cidade é memória afetiva de adultos e jovens que sempre tem algum momento marcante da visita para contar. 

Resultados que se traduzem em cidadania

Os avanços do Detran-MS já se refletem no dia a dia da população. Usuários relatam experiências mais rápidas e simples. “O sistema em si é muito prático e rápido, além de ser extremamente confiável. Me gerou muita economia de tempo, e isso pra mim é o principal hoje em dia, além de gerar uma economia financeira também”, conta o empresário Julio César Maranho Gomes.

A humanização no atendimento que faz a diferença. “Agradeço do coração. Vocês estão de parabéns com essa equipe. Essa renovação (CNH) representa liberdade e autonomia”, afirma Carmem Silvia Samadel, de 79 anos. 

As facilidades que surpreendem que vem de outro Estado e se depara com serviços públicos ágeis e com benefícios. “Fiquei muito feliz e até surpreso. É um reconhecimento importante, porque reflete no trânsito. Quem está na estrada precisa ter consciência de que dirigir é uma questão de responsabilidade, não só com a própria vida, mas também com a do outro”, afirmou Fabrício Gomes Rodrigues que no mês passado transferiu a CNH de MG gratuitamente para MS, e ainda aproveitou o benefício de 10% de desconto na renovação por possuir o Selo de Bom Condutor. 

Fabrício transferiu e renovou a CNH. Foto: Mireli Obando

“Essa oportunidade significa um recomeço para mim e para minha família. A possibilidade de trabalhar e construir um futuro com segurança me dá esperança. Sou muito grato a todos que tornaram isso possível”, relatou o venezuelano Grégori José Espin Leon, após regularizar a CNH estrangeira. 

Além de facilitar a vida dos motoristas, a modernização digital aumenta a transparência e fortalece a segurança dos dados. O diretor-executivo do Detran-MS, João César Matogrosso, resume o momento. “Estamos acompanhando a evolução de um Estado jovem e promissor. Assim como Mato Grosso do Sul celebra 48 anos de conquistas, o Detran-MS celebra o amadurecimento de sua missão de servir com eficiência, respeito e inovação”. 

Venezuelano Grégori e família

Ao completar quase meio século de história, Mato Grosso do Sul mostra que desenvolvimento e cidadania caminham juntos. O Detran-MS segue no mesmo compasso, unindo tecnologia, segurança e humanidade para construir o trânsito e o futuro que o Estado merece.

Integração

Outra inovação do ultimo ano, foi a inauguração do modelo de Agência Integrada, que reúne, em um mesmo local, os serviços do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MS) e da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Esse formato consolida um modelo de atendimento mais ágil, moderno e inclusivo.

Ações Futuras e Desafios

Com a constante evolução tecnológica e as crescentes demandas da população, o Detran-MS já projeta os próximos passos. O foco permanece na expansão dos serviços digitais, na qualificação contínua e reivindicações de carreira dos servidores para acompanhar os avanços e na busca por parcerias que possam impulsionar ainda mais a segurança e a eficiência no trânsito. 

Os desafios incluem manter a infraestrutura tecnológica atualizada, garantir a inclusão digital de todos os cidadãos e adaptar-se às novas legislações e tecnologias que surgem. A meta é continuar sendo um modelo de gestão pública, sempre com o cidadão no centro de suas ações.

Mireli Obando, Comunicação Detran-MS
Fotos: Rachid Waqued, Mireli Obando e Robson Dantas

Restauração ambiental pode ser rentável, diz secretário do MMA

Por MRNews

­A restauração de áreas florestais degradadas tem viabilidade econômica e é uma forma de se ganhar dinheiro. A posição foi defendida nesta sexta-feira (10) pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), João Paulo Capobianco.

O secretário participou de um encontro sobre conservação e restauração ambiental na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

“Temos aqui parceiros que estão provando, demonstrando objetivamente que é possível fazer isso ganhando dinheiro, gerando vendas, gerando movimento, gerando economia. Não estamos falando de doação, não estamos falando de filantropia”, disse Capobianco.

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No evento, estavam presentes representantes de empresas que atuam na silvicultura – o uso comercial de florestas plantadas, que resultam na produção de matérias-primas como celulose e toras para móveis e construção civil. 

Ele se referia a iniciativas de recuperação florestal que acontecem no Brasil. Segundo Capobianco, além de combater o desmatamento, o país precisa seguir com ações de restauração para atingir o compromisso de reduzir de 59% a 67% as emissões de gás carbônico (CO₂), causador do efeito estufa, até 2035, em comparação ao nível de 2005.

“Se formos muito eficientes, podemos chegar em 2035 emitindo 850 milhões de toneladas, que é a parte de baixo dessa faixa. Seria um feito absolutamente excepcional”, avalia o secretário.

A redução de emissões é uma das Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês), compromisso internacional assumido pelo Brasil no enfrentamento do aquecimento global.

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Desmatamento zero

O encontro no BNDES acontece a exatamente um mês do início da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontece de 10 a 21 de novembro, em Belém.

Capobianco afirmou que o Brasil, no atual governo, inverteu a marcha do desmatamento e caminha para chegar ao desmatamento zero em 2030, seja ilegal ou legal.

“Nós reduzimos na Amazônia 45% da taxa de desmatamento que nós herdamos de um governo absolutamente negacionista, que permitiu a explosão do desmatamento em pouquíssimo tempo”, afirmou ele, que também citou recuos no Cerrado e na Mata Atlântica.

Anúncio de financiamentos

No evento, o BNDES – banco público de fomento ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – anunciou dois financiamentos para atividades voltadas à restauração ambiental com verbas do Fundo Clima, que reúne recursos nacionais e estrangeiros destinados à conservação ambiental no país.

Em um deles, o banco liberou R$ 250 milhões em empréstimo para a empresa Suzano – maior fabricante mundial de celulose – atuar na recuperação de 24 mil hectares (equivalente a pouco mais que a área da cidade do Recife), em São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul. A ação inclui os biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.

É o maior volume de recursos já aprovados com dinheiro do Fundo Clima para a recuperação de mata nativa degradada.

Outra iniciativa financia R$ 100 milhões para o Grupo Belterra, que trabalha com conceito de agrofloresta. O objetivo é restaurar áreas na Bahia, Pará, Rondônia e Mato Grosso. A ação tem parceria com pequenos e médios produtores rurais de cacau. Esse é o primeiro projeto de restauração produtiva em larga escala e prevê o plantio de 2,9 milhões de mudas.

Terras indígenas

O BNDES lançou também uma concorrência pública que destina R$ 10 milhões para recuperação florestal em uma área potencial de 61 terras indígenas no Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Esta iniciativa conta com o apoio da Fundação Bunge (ligada à empresa do agronegócio), que aportará valor aproximado.

Os recursos não são reembolsáveis e fazem parte do programa Floresta Viva.

Florestas comerciais

O banco público detalhou também o projeto BNDES Floresta Inovação, que investirá R$ 24,9 milhões em recursos não reembolsáveis para a silvicultora, ou seja, a plantação de florestas para manejo sustentável e comercial. A iniciativa tem duplo objetivo: restauração de áreas degradadas e produção de madeira nativa para fins comerciais.

Além do simples cultivo e manejo, o projeto reserva recursos para pesquisa e inovação em silvicultura, de forma a diminuir custos e aumentar produtividade.

O Floresta Inovação é coordenado pela Universidade Federal de São Carlos/SP (UFSCar) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, lembrou que o país já é um dos principais produtores de celulose (matéria-prima do papel) do mundo e apontou que o Brasil “tem uma avenida para crescer” na silvicultura.

“Temos um setor que vai apresentar resultados exuberantes do ponto de vista do seu potencial de investimento, de participação privada, de retorno não só ambiental, mas também econômico, emprego, inovação, em tecnologia, em resultado dos avanços. Acho que o Brasil tem um caminho muito forte a percorrer”, declarou.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, 77,6% das áreas da silvicultora eram dedicados ao cultivo do eucalipto, à frente de pinus (18,6%) e outras espécies (3,8%).

Mercadante destacou ainda que “não há nada mais antigo, mais eficiente e mais barato para sequestrar carbono do que plantar árvores”.

COP30

Às vésperas da COP30, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, disse que os anúncios desta sexta-feira fazem parte de um esforço para mostrar “que o Brasil tem entregas efetivas e robustas”. A diretora antecipou que a área de florestas do banco tem ainda quatro anúncios, no mínimo, para fazer antes da COP30.