O Procon Municipal promoveu, no ISMAC (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos), uma palestra educativa sobre prevenção a golpes financeiros. A ação reuniu consumidores, familiares e profissionais da área, com atenção especial aos consumidores com deficiência visual em um cenário cada vez mais digital.
“Em um mundo no qual a tecnologia predomina e mediam-se quase todas as relações de consumo por aplicativos e canais online, nossa missão é garantir que ninguém fique para trás. Esta palestra fortalece a autonomia e a segurança dos consumidores cegos, oferecendo orientações práticas para reconhecer fraudes, configurar recursos de proteção e exigir comunicação acessível. A inclusão passa por informação de qualidade e por responsabilidade compartilhada entre empresas, poder público e sociedade”, afirmou o superintendente do Procon Municipal, José Costa Neto.
Durante o encontro, a equipe técnica apresentou os golpes mais recorrentes — como phishing (links e sites falsos), falsas centrais de atendimento, clonagem de WhatsApp, pedidos de transferência via PIX, e demonstrou procedimentos de verificação de sites confiáveis. Também foram abordadas dicas úteis para quem utiliza leitores de tela e outras tecnologias assistivas, como conferir o endereço completo dos sites, ativar autenticação em duas etapas e reconhecer sinais de urgência e pedidos de sigilo, um sinal típico de golpes.
Para a participante Ana Luiza Martins, 32 anos, a experiência foi esclarecedora. “Uso leitor de tela no celular e, às vezes, fica difícil perceber quando uma mensagem é falsa. Aprendi passos simples que fazem diferença, como verificar o canal oficial antes de qualquer pagamento e nunca compartilhar códigos de verificação. Foi muito bom; saio mais confiante para me proteger no dia a dia.”
Entre os alertas destacados pelos profissionais do Procon durante o evento estão a necessidade de confirmar contatos por canais oficiais antes de transferir valores, ativar a autenticação em duas etapas e ajuste limites do Pix, além de verificar links e domínios; sempre com atenção a erros de grafia e pedidos para instalar aplicativos fora das lojas oficiais.
“Desconfie de pressa e pedidos de sigilo, pois golpistas criam sensação de urgência e nunca compartilhe senhas ou códigos de verificação. Bancos e empresas não pedem esses dados”, alertou Costa Neto.
Serviço e canais de atendimento:
– Procon Municipal de Campo Grande
– Endereço: Rua Afonso Pena, 3128
– Denúncias: 156 (opção 6)