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Agência Minas Gerais | Minas Gerais é o primeiro estado do país a conquistar o nível 3 em certificação internacional de auditoria interna

A Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE-MG) é o primeiro órgão do Poder Executivo brasileiro a atingir o nível 3 do IA-CM, certificação de modelo internacional que avalia a maturidade e a eficiência das atividades de auditoria das organizações.

Além de consolidar o Governo de Minas como referência em controle, o reconhecimento atesta que a CGE-MG realiza as atividades de auditoria de maneira integrada, planejada e estratégica, contribuindo para a melhoria da governança e da gestão de riscos na administração pública estadual.

A certificação foi concedida pelo Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci), instituição externa, independente e principal responsável pela validação da metodologia no Brasil. O processo de avaliação durou cerca de dois meses e contou com entrevistas, reuniões e análise de documentos comprobatórios.

 








 
 
   
   


O controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle, explica que desde 2019, a CGE, por meio da Auditoria-Geral, traçou plano de ação para aprimorar ainda mais a auditoria interna governamental realizada no estado.

 








 
 
   
   

Para o Conaci, o nível 3 representa a estrutura ideal de controladoria, pois reúne as principais atividades para que as instituições exerçam a função de auditoria interna de forma autônoma e eficaz. Entretanto, atingir esse nível de maturidade ainda é um desafio. Vale ressaltar que as unidades de controle interno brasileiras apresentam dificuldades quanto à estruturação, principalmente na esfera municipal.

“O processo de validação é importante não só para a CGE-MG, mas para todo o sistema de controle interno nacional. O exemplo de Minas servirá como referência para que as demais controladorias e unidades de controle também possam atingir o nível 3”, destaca Rodolfo Serrano, representante do Conaci.

A Controladoria-Geral do Estado receberá a certificação simbólica no dia 24/9, durante o 21º Encontro Nacional de Controle Interno, em Goiânia.

Avaliação

Entre os dias 3 a 5/9, a equipe do Conaci esteve na Cidade Administrativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, para realizar a etapa presencial da validação. O intuito da visita foi conhecer e analisar os fluxos de trabalho do órgão e conversar com a alta administração da CGE, auditores internos e secretários do Estado.

Para atingir o nível 3 do Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM) é necessário atender 182 requisitos e 15 indicadores (KPAs), que levam em conta critérios como avaliação de qualidade, planejamento baseado em riscos, qualificação dos profissionais de auditoria, dentre outros. É preciso que todos esses processos estejam documentados, implementados e integrados à rotina da organização.

Participaram da validação externa o coordenador da câmara técnica de auditoria e IA-CM, Rodolfo Serrano, e a auditora Liane Angotti, ambos representantes do Conaci.

Avanços

O auditor-geral da CGE, Igor Martins, explica que a CGE passou por uma reestruturação com o objetivo de aprimorar seus processos e atender ao modelo IA-CM. “Hoje, a CGE trabalha com um universo auditável mais amplo e tudo passa por uma avaliação de qualidade, contribuindo para a entrega de resultados mais adequados”, destaca.

Outro avanço foi o investimento na capacitação dos auditores internos e no uso de tecnologias. Nessa linha, a CGE adotou a metodologia de auditoria contínua, que consiste na utilização de extração, análise e mineração de dados para aumentar a eficiência dos trabalhos e a qualidade das entregas em controle interno.

Em 2023, a CGE recebeu premiação da Diligent Latin America Awards na categoria “Líder de Auditoria e Gestão de Riscos” pela implementação do projeto de auditoria contínua no Estado.

Sobre o IA-CM

O Modelo de Capacidade de Auditoria Interna (IA-CM) para o setor público foi desenvolvido pelo Instituto dos Auditores Internos (IIA) e Banco Mundial. Trata-se de um framework internacionalmente reconhecido que identifica os fundamentos necessários para uma auditoria interna efetiva, de modo a atender às necessidades da administração da organização e às expectativas profissionais da função.

O modelo está estruturado em uma matriz contendo cinco níveis de maturidade, seis elementos de auditoria e 41 macroprocessos (KPA – key process areas) vinculados a esses níveis e elementos. Cada macroprocesso possui um objetivo específico e identifica as atividades essenciais que devem ser colocadas em prática e sustentadas.

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