Eixos tecnológicos e cursos foram apresentados durante audiência realizada no último sábado (16)
Já estão definidos os eixos tecnológicos e os cursos que serão ofertados a partir de 2026 no Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). O anúncio foi feito para uma plateia cheia, durante a terceira audiência pública de implantação da unidade, realizada em 16 de agosto, no CEU Água Azul.
O diretor-geral do campus, Christian Gilioti, apontou a escolha dos eixos: Informação; Comunicação e Produção Cultural de Design. Dentro do primeiro eixo, serão ofertados os cursos técnicos em Programação de Jogos Digitais e em Informática. No segundo eixo, estão previstos os cursos técnicos em Produção de Áudio e Vídeo e em Design Gráfico.
Para a definição dos cursos, foram realizadas inúmeras conversas entre o IFSP, o poder público municipal, os arranjos produtivos locais, lideranças comunitárias e a população em geral. Também foi realizada uma minuciosa pesquisa acerca do perfil econômico, social e populacional da cidade, além do levantamento da oferta de cursos por outras instituições de ensino na região.
De acordo com Christian, a escolha dos eixos e cursos reflete a posição de vanguarda da comunidade de Cidade Tiradentes. “A população está na periferia, mas ao mesmo tempo está pensando nas fronteiras tecnológicas”, diz. Para exemplificar esse pensamento, o diretor cita a escolha do curso de Programação em Jogos Digitais, pioneiro no IFSP. “A gente espera em pouco tempo transformar o local num complexo tecnológico educacional”, complementa o diretor, destacando a proximidade com outros equipamentos como o CEU, ETEC e a Escola Técnica de Saúde Makiguti.
Trabalho conjunto — A mesa de honra formada durante a terceira audiência demonstra, segundo Christian, uma mesa de apoios fundamentais para o território, reflexo do espírito de parceria que constitui o campus. Estavam presentes o deputado federal Alencar Santana, o deputado estadual Jorge do Carmo, o vereador Senival Moura, o subprefeito de Cidade Tiradentes, Lucas Sorrillo, a representante da DRE Guaianases, Angélica Batista, o chefe de Gabinete do IFSP, Ricardo Agostinho, além de representantes da deputada federal Juliana Cardoso e do secretário municipal de educação, Fernando Padula. Ao final da audiência, os presentes puderam assistir à apresentação do G.R.C. Escola de Samba Príncipe Negro.
Para Agostinho, durante as audiências, foi possível perceber o engajamento da comunidade de Cidade Tiradentes em participar e desenvolver o seu território. “O Instituto chega para somar”. O chefe de gabinete ressalta ainda que o IFSP quebra o paradigma de que escola é chata: “Aqui os estudantes se sentem em casa, é uma escola de portas abertas”, diz.
Moradora do território há 40 anos, a integrante do Movimento Popular de Educação e Cultura Cidade Tiradentes, Renata Souza, define a chegada do IFSP como a realização de um sonho. “Saber que está sendo construído um instituto aqui para a nossa juventude, para as nossas crianças, é um momento de glória para nós aqui do território.”
As obras de construção do campus estão acontecendo desde março de 2025, em terreno doado pela Prefeitura de São Paulo. Os recursos para a obra são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) do Governo Federal.
