AO VIVO

Polícia Civil vai investigar ameaças de morte a deputadas de SP

Por MRNews

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), órgão da Polícia Civil de São Paulo, vai investigar as ameaças de estupro e de morte que foram endereçadas por e-mail para todas as parlamentares mulheres da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O inquérito será feito por meio da Delegacia de Polícia sobre Violação de Dispositivos Eletrônicos e Redes de Dados da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber).

“Diligências estão em andamento para identificar a autoria do delito. Mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”, diz a nota encaminhada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, 

Até o momento, ninguém foi preso. A abertura das investigações foi confirmada às deputadas ontem (11), mais de uma semana depois de elas terem protocolado notícia-crime sobre o episódio, no dia 2 de maio. 

Plataformas não podem ser “terra sem lei”, defende Moraes

Justiça expede mandado de prisão para 71 por tráfico no Rio

No documento, as parlamentares pediram a “apuração de ameaças misóginas e racistas” que foram encaminhadas a elas e citaram que a mensagem criminosa citava tentativas de invasão à Alesp com uso da força armada e continha ameaças de violência sexual, de lesão corporal grave, de maus tratos a animais, de estupro coletivo e corretivo e de feminicídio. Além disso, a mensagem era racista.

As parlamentares receberam as ameaças no dia 31 de maio. Nem todas receberam o e-mail com as ameaças, mas a mensagem criminosa era endereçada a todas.

>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp

O homem que assina o e-mail já foi identificado pela polícia e é investigado, mas ele alega que é inocente e que teve seus dados utilizados na mensagem como forma de incriminá-lo. O celular e o computador do suspeito, de 28 anos, foram apreendidos para perícia. 

Municípios devem regulamentar serviço de mototáxi em SP, diz proposta 

MPF quer suspender leilão de 47 blocos de petróleo na foz do Amazonas

“Nossa expectativa é que a Polícia chegue logo ao autor ou autores desse crime, pois seguimos trabalhando, naturalmente expostas pela atividade pública que desempenhamos, e quase duas semanas depois, ainda não temos respostas”, disse, em nota, a deputada Andréa Werner, líder do PSB na Casa e uma das quatro parlamentares nominadas no texto do e-mail.

Segurança

Segundo as deputadas, a Alesp começou a elencar pontos vulneráveis de segurança que serão postos em um documento a ser entregue pelas forças policiais à presidência da Casa. Mas, até agora, afirmam, nada foi feito para que fosse garantido segurança para as parlamentares.  

Procurada pela Agência Brasil, a Alesp informou que há um compromisso da Casa com “a segurança de todos que atuam direta ou indiretamente no Parlamento Paulista” e que “os protocolos de segurança para acesso ao prédio do Legislativo foram ainda mais reforçados e as polícias militar e civil foram acionadas para apuração do ocorrido”.

Na semana passada, a deputada Beth Sahão (PT) fez uma solicitação para que a Polícia Federal também passe a investigar o caso. 

“Eu encaminhei o e-mail que recebi à Polícia Federal e eles abriram um inquérito”, disse ela, em entrevista à Agência Brasil.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, também decidiu designar um promotor de Justiça para acompanhar as investigações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *