Carretas da Mamografia atenderão seis municípios de SP em setembro





Nos primeiros oito meses deste ano, o serviço gratuito do Governo de SP realizou mais de 21 mil exames de mamografia



Imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI) da Secretaria de Estado da Saúde

Paraisópolis, na cidade de São Paulo, e os municípios de Apiaí, Bananal, Piquete, Araçoiaba da Serra e Eldorado receberão durante o mês de setembro as Carretas da Mamografia, do Programa Mulheres de Peito, que visa o diagnóstico e tratamento precoce do câncer de mama. O serviço é uma iniciativa do Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) que promove mamografia gratuita para mulheres acima de 35 anos.

Incentivando o autocuidado, as carretas atendem mulheres, sem necessidade de agendamento, entre 35 e 49 anos e acima de 70 anos mediante apresentação do RG, cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e pedido médico. Para as pacientes com idade entre 50 e 69 anos, é necessário apresentar apenas RG e cartão do SUS.

Leia a reportagem completa na Agência SP

Agência Minas Gerais | Governo de Minas publica edital para retomada da obra da ponte sobre o rio São Francisco

O Governo de Minas publicou nesta sexta-feira (30/8), por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), o edital da nova licitação para a continuidade da construção da ponte sobre o rio São Francisco na MG-402, obra aguardada há mais de 70 anos pela população do Norte de Minas.

O investimento é estimado em R$173 milhões. A abertura das propostas está agendada para o dia 9/10/2024, às 9h30.

A publicação do documento vai permitir a retomada dos serviços e acabar com o transtorno da travessia por meio de balsas e barcos. A obra representa a esperança de progresso e mais qualidade de vida dos moradores da cidade de São Francisco, às margens do rio que batizou a cidade, e faz a conexão com o município de Pintópolis, pela rodovia MG-402.

 








 
 
   
   


Zema frisa que os recursos são oriundos do Acordo de Reparação, pelo rompimento em Brumadinho, assinado pelos compromitentes – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) – com a Vale. O rompimento tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de danos sociais, econômicos e ambientais.

Estrutura

A ponte, uma das maiores já construídas em Minas – com 1.120 metros de extensão e 13,8 metros de largura – está incluída no Provias, maior pacote de obras rodoviárias da última década e tem os recursos garantidos.

Além da edificação da travessia sobre o rio, o edital número 2301520 000017/2024 (Concorrência Eletrônica) prevê obras de melhoramentos e pavimentação de variante de acesso à ponte com 3,06 quilômetros, no trecho entre São Francisco e Pintópolis.

Histórico

As obras foram paralisadas devido à rescisão contratual com a empresa responsável pelo serviço.

A decisão, unilateral por parte do Governo de Minas, foi tomada após reunião realizada com a presença de representantes da empresa e do MPMG, diante da recorrente incapacidade da construtora de avançar com os serviços conforme obrigação contratual.

“Tivemos a infelicidade de contratar uma construtora que alegou desequilíbrio financeiro e acabou abandonando a obra. Mas o dinheiro do Governo de Minas sempre esteve garantido”, lembra o governador de Minas Gerais.

Na época, por meio do DER-MG, o Governo do Estado estabeleceu prazo de 60 dias para a empresa tomar as devidas providências em relação ao grande volume de material estocado no canteiro de obras, bem como para a conclusão de elementos de concreto que se encontravam parcialmente executados, de forma a minimizar perdas pela paralisação.

Pavimentação do trecho Pintópolis-Urucuia

Ainda na região, o DER-MG segue com as obras nas rodovias MG-402 e MG-202, trecho que liga Pintópolis a Urucuia. São 73 quilômetros a serem pavimentados divididos em dois lotes: o primeiro com 21,753 quilômetros e o lote dois com 51,440 quilômetros. A previsão é de que até o final de 2024 cerca de 30 quilômetros já estejam pavimentados.

As obras no segmento vão integrar a região Norte e Noroeste de Minas, os vales do Jequitinhonha e Mucuri e o Sul da Bahia, facilitando o transporte de grãos, que é a base da economia da região.

Além disso, a expectativa é a de que, após a conclusão dos serviços, cerca de 100 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente pela pavimentação do segmento.

“A pavimentação da MG-402 e MG-202 é uma obra esperada pela população do Norte de Minas há décadas. A melhoria vai trazer benefícios logísticos e de segurança viária para toda região, além de diminuir significativamente o tempo de deslocamento no trajeto até Brasília, que poderá ter redução de mais de duas horas”, destacou o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares.

 

Atleta de Três Lagoas é convocada para competição mundial de vôlei de praia no Rio de Janeiro

A atleta Ana Carolina dos Santos, de Três Lagoas, foi convocada, junto a sua técnica Ana Rita Muniz, para participar do FISU WUC Beach Sports 2024, competição mundial de vôlei de praia que será realizada no Rio de Janeiro (RJ), entre 2 e 8 de setembro. Ana Carolina recebe o benefício do Bolsa Atleta, enquanto Ana Rita é contemplada com o Bolsa Técnico, programas de incentivo do Governo do Estado, administrado pela Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura).

A atleta, que já participou dos Jogos Escolares da Juventude de Mato Grosso do Sul por três anos, agora colhe os frutos no alto rendimento. Ana Carolina expressou sua felicidade ao ser convocada para essa competição de nível mundial. “Estou muito feliz por poder participar deste mundial universitário. Essa convocação é uma continuação do trabalho que venho realizando há algum tempo aqui em Três Lagoas, junto com a Ana Rita e meus apoiadores. Fui campeã brasileira nos Jogos Escolares e agora tenho a oportunidade de representar o Brasil novamente, o que é uma honra enorme. Vou jogar com a Fernanda, que treina na Paraíba, e espero trazer o melhor resultado possível para Três Lagoas e para o Brasil”.

Aninha, como é conhecida, e sua técnica Ana Rita (Foto: divulgação)

Ana Rita Muniz, técnica de Ana Carolina desde 2014 e referência no vôlei de praia três-lagoense, destacou o prazer de trabalhar com a atleta. “A Ana Carolina é um exemplo para a nova geração. Ela sempre foi muito dedicada, participando dos Jogos Escolares e conquistando resultados expressivos, como o título de campeã brasileira escolar no último ano. Agora, essa convocação para o mundial universitário premia todo o esforço que ela vem fazendo. Além disso, ela também foi atleta na Olimpíada da Juventude em 2018. É uma atleta extremamente dedicada, que sempre representou bem o Estado e agora terá a chance de representar a seleção brasileira”.

Para a técnica, o apoio do Governo do Estado tem sido fundamental. “Recebo o Bolsa-Técnico desde o início, o que nos permite investir no atleta sem comprometer nosso próprio salário. Esse suporte, que inclui passagens fornecidas pela Fundesporte e Prefeitura, é essencial para competições importantes. O olhar do Governo para os atletas e técnicos abriu muitas portas e tornou-se uma referência para outros estados. É gratificante ver que nosso trabalho está sendo reconhecido e que podemos dar continuidade a ele, sempre buscando novos desafios”.

Ana Rita também explicou como funciona o trabalho na escolinha de vôlei de praia em Três Lagoas. “Atendemos mais de 60 atletas, desde a iniciação até o alto rendimento. Sou funcionária efetiva da Prefeitura e dedico 40 horas semanais exclusivamente ao vôlei de praia. Temos várias turmas, e os mais novos treinam ao lado de atletas como a Aninha, se inspirando neles. Essa nova geração tem alcançado bons resultados, como o bicampeonato nos Jogos Escolares, e agora vamos para o brasileiro escolar. É um trabalho que está fazendo a diferença em Mato Grosso do Sul, mudando a vida de jovens e marcando a história do vôlei de praia no estado”.

Karina Lima, Comunicação Setesc
Fotos: divulgação

Projeto Artesania fomenta cultura e geração de renda no interior por meio do artesanato – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

A FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), subordinada à Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), implementa políticas públicas voltadas para a valorização do artesanato, promovendo a geração de emprego, inclusão social e melhoria da qualidade de vida. Ao longo do ano, diversas ações destacam a riqueza do artesanato sul-mato-grossense, promovidas por meio da Gerência de Desenvolvimento de Atividades Artesanais.

Uma das iniciativas mais importantes da Gerência é o Projeto Artesania, que oferece cursos nas áreas de gestão de negócios, inovação, design e aprimoramento de técnicas artesanais. Além disso, o projeto preserva e repassa o ofício de artesão de geração em geração, valorizando as técnicas e matérias-primas regionais.

Graças às oficinas do projeto, foram criados ou revitalizados vários núcleos de artesanato no interior do estado, o que não só fomenta a cultura local, mas também gera ocupação e renda para as famílias sul-mato-grossenses.

Em 2024, entre abril e julho, o Projeto Artesania ofereceu 13 oficinas em diversos municípios. Foram realizadas a Oficina de Argila na Cerâmica Terena, em Nioaque, atendendo 12 artesãos; a Oficina de Costura Criativa em Naviraí, com 20 artesãos; a Oficina de Design em Couro de Peixe em Mundo Novo, com 16 artesãos; e a Oficina de Design – Rota Pantanal em Miranda, Bodoquena/Porto Murtinho e Corumbá, atendendo 15 artesãos. Também houve a Oficina de Modelagem em Argila com temas do Pantanal na Festa da Linguiça de Maracaju, com 15 artesãos, e a Oficina de Crochê – Amigurumi em Ladário, com 15 artesãos.

Outras oficinas incluíram a de Design em Bordado em Ivinhema, com 14 artesãos; a de Costura Criativa em Ponta Porã, com 20 artesãos; e a de Costura Criativa em Coxim, com 15 artesãos. Além dessas, a Oficina de Acessórios de Papel em Ribas do Rio Pardo, com 11 artesãos; a de Multitécnicas em Acessórios Artesanais (macramê e sementes) em Sonora, com 13 artesãos; a de Multitécnicas em Acessórios Artesanais (macramê, argila e madeira) em Rio Verde, com 15 artesãos; e a Oficina de Crochê em Amigurumi em Itaporã, com 14 artesãos, também fizeram parte da programação.

Oficina de Fibra de Bananeira na Praça dos Imigrantes (Foto: Daniel Reino/Setesc)

Gerente de Desenvolvimento de Atividades Artesanais da FCMS, Katienka Klain destaca que o Projeto Artesania, existente desde 2007, tem como função principal incentivar a produção artesanal. “O projeto criou vários núcleos produtivos e garante a manutenção da qualidade do artesanato. É fundamental para o desenvolvimento artesanal do Estado, pois incentiva e preserva o modo de fazer sul-mato-grossense”.

Maria Emília França, uma das participantes do projeto, ministra oficinas de amigurumi, ponto cruz e macramê, e possui a Carteira do Artesão há quase 17 anos. Ela já lecionou em Ladário e Itaporã, e considera a experiência no Artesania “maravilhosa”. “Esse projeto me permite compartilhar meu conhecimento. Eu sempre quis ensinar, mas não tinha como. O Artesania fez essa conexão com quem precisa desse curso, principalmente as mães que ficam em casa e querem melhorar a situação financeira. Eu também já estive nessa posição e sei o quanto esse projeto é importante. Estou amando.”

Oficina de Bijuterias em Campo Grande (Foto: divulgação)

A artesão se emociona ao falar sobre o impacto do projeto. “Cada curso é uma emoção. Ver a alegria das meninas em confeccionar as peças é incrível. A Fundação de Cultura foi fundamental na minha vida. Quando minha filha nasceu, eu não pude mais trabalhar fora e comecei a fazer trabalhos manuais. Tirar a Carteira do Artesão me abriu muitas portas. A Fundação e o projeto Artesania estão de parabéns. Tomara que continuem pelo resto da vida. Eu nasci para ensinar e estou amando”.

Elisângela Aparecida Benagio, da Gerência de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer de Itaporã, um dos municípios beneficiados pelo projeto, relata a experiência local. “A Fundação de Cultura trouxe a oficina de crochê em amigurumi para Itaporã, e o sucesso foi enorme. As participantes amaram, e até hoje comentam e compartilham receitas. Muitas começaram a vender suas peças, o que é ótimo, pois reacendeu a paixão pelo artesanato”.

Ela também ressalta o impacto do projeto. “A oficina foi uma experiência única, que reacendeu a vontade de aprender das pessoas. A demanda por novas oficinas aumentou, o que é muito interessante. Em breve, queremos trazer mais ações do Projeto Artesania para Itaporã. É um projeto que traz esperança e capacita as pessoas para crescerem e inovarem”.

Karina Lima, Comunicação Setesc
Foto em destaque: Karina Lima

Jogos da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul celebram inclusão de pessoas idosas – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

Os Jogos da Melhor Idade de Mato Grosso do Sul estão sendo realizados em Três Lagoas, com competições que começaram em 26 de agosto e se estendem até 1° de setembro. As modalidades em disputa nesta fase incluem bocha e voleibol adaptado, com a participação de 29 municípios do estado. No total, 750 participantes estão envolvidos, distribuídos nas categorias de voleibol adaptado nas faixas etárias 50+, 60+ e 70+, e bocha para as categorias 60+ e 70+.

A competição é organizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer) e da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura). Esta é a segunda etapa das competições; a primeira ocorreu em Campo Grande, entre os dias 16 e 18 de abril, com disputas em nove modalidades individuais e em duplas: dama, dança de salão, dominó, malha, sinuca, tênis de mesa, truco, xadrez e atletismo.

Os Jogos da Melhor Idade proporcionam um momento de socialização para as pessoas idosas, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos atletas seniores, além de promover autoestima e saúde mental.

Rosani Erthal, de 62 anos, aposentada como professora de Direito e residente em Dourados, joga voleibol adaptado há seis anos e destaca a importância do esporte em sua vida. “Conheci o vôlei no Ceper do Primeiro Plano em Dourados. A atividade física é muito importante para a nossa idade e, a cada dia, vamos melhorando. Não é algo que se aprende da noite para o dia; é preciso treinar diariamente. O esporte foi muito bom para a minha saúde—sou saudável e não tenho nenhuma doença. Quando eu estava no segundo grau em Niterói, no Rio de Janeiro, com 15 ou 16 anos, jogava na interclasse. Depois de muitos anos, nunca imaginei que voltaria a jogar vôlei. Este é o segundo ano que participo, e no ano passado ficamos em terceiro lugar, enquanto os homens ficaram em primeiro”.

Romilda Crim, de 78 anos, residente em Maracaju, participa dos Jogos como atleta de bocha e comenta como conheceu a modalidade. “Estou no esporte há uns 20 anos. Comecei participando do vôlei adaptado, onde fui capitã por muito tempo, mas com a idade, não pude continuar e migrei para a bocha. Estou gostando muito. Hoje jogamos e fomos bem na partida. Estou torcendo para que continuemos assim. Esses jogos são ótimos, pois conhecemos novas pessoas, estamos hospedados em um bom hotel, e estou aproveitando bastante”.

Acompanhe os resultados e chaves dos jogos por meio dos boletins:

Boletim 4 – JMI

Boletim 5 – JMI

Texto e fotos: Bel Manvailer, Comunicação Setesc

Óleo vira sabão, Bonito respira sustentabilidade e Festival de Inverno preserva 5,7 milhões de litros de água

O óleo de cozinha, quando descartado de forma inadequada, é um dos maiores vilões do meio ambiente. Um litro do produto é capaz de contaminar 25 mil litros de água, comprometendo ecossistemas inteiros e colocando em risco a vida aquática. Além disso, ele forma uma camada na superfície da água que impede a oxigenação, sufocando a fauna e prejudicando a flora subaquática. Este perigo é ainda mais acentuado em regiões de grande valor ambiental, como Bonito, onde a pureza das águas é a joia a ser preservada.

No FIB (Festival de Inverno de Bonito), onde a beleza natural sempre é protagonista entrelaçada às manifestações culturais e artísticas, a sustentabilidade foi, mais uma vez, a preocupação central. Na 23ª edição, que ocorreu de 21 a 25 de agosto deste ano, uma solução criativa foi colocada em prática para enfrentar o problema do óleo residual: transformá-lo em sabão líquido e em barra. O produto pode ser utilizado na lavagem doméstica geral (superfícies, pisos, bancadas), de roupas e utensílios de cozinha.

Sabão sustentável no coração do Festival

Ana destaca transformação do óleo em sabão como cuidado com as águas cristalinas da região

E a transformação aconteceu lá mesmo, em estande montado na Praça da Liberdade, coração do Festival. “Pegamos o óleo das barracas de lanches e, com ele, fizemos sabão sustentável. A própria comunidade veio pegar o sabão que fizemos. Isso é muito importante, porque estamos falando de economia circular em que o óleo descartado é transformado em um novo produto, como o sabão, que é distribuído novamente para as barracas e à comunidade”, explica Ana Franzoloso, fundadora da Du Bem, empresa colaboradora do Festival na gestão de resíduos sólidos e líquidos.

Neste ano, a gestão de resíduos teve impacto ainda mais significativo. Foram coletados 228 litros de óleo de cozinha usado, o que representa aumento de 147% em relação aos 92 litros do ano anterior. Esta quantidade, quando corretamente reciclada e transformada em sabão, por exemplo, preserva 5,7 milhões de litros de água – aumento de 148% comparado aos 2,3 milhões de litros preservados em 2023.

É na tenda de Márcia Quintana que todo o processo começa. Enquanto o aroma dos pastéis frescos invade o ar, a comerciante bonitense, de 50 anos, dá início a uma cadeia de sustentabilidade. A cada pastel frito, o óleo usado, que em outros lugares poderia se transformar em poluição, ganha novo destino. Ela repassa o líquido à empresa, para ser transformado em sabão, iniciativa que teve início no ano passado e que conta também com a participação de outros comerciantes parceiros. No entanto, a conscientização sobre o impacto ambiental do óleo de cozinha vem de muito antes, desde 2009, quando Márcia começou a vender salgados em eventos pela cidade. 

Além das vendas, Márcia faz seu papel e colabora para um futuro mais verde e preservado

“Eles [funcionários da Du Bem] vieram me procurar. No ano passado, eu tinha umas quatro latas de óleo usado, e aí eu dei”, explica, expressando também seu sentimento de realização. “Me sinto privilegiada, né? Me sinto muito feliz, porque tem o retorno para a natureza, estou ajudando a preservar”.  No final do Festival, Márcia recebeu cerca de 50 litros de sabão em troca do óleo doado. 

Economia circular e geração de renda

Ao final de cada dia do Festival, o estande da Du Bem produziu litros de sabão a partir do óleo reciclado e disponibilizou o produto tanto para os comerciantes que haviam doado o óleo quanto para a população de Bonito em geral. Em vários dias, a demanda foi tão alta que filas se formaram para garantir a aquisição do sabão, e alguns moradores chegaram a deixar suas embalagens na tenda para assegurar que não perdessem a oportunidade de receber o produto. “A presença das filas e a espera das pessoas foram um reflexo da importância e do impacto desse processo de economia circular”, observou Ana Franzoloso.

Antônia encontrou no sabão reciclado uma nova oportunidade de renda

A transformação do óleo usado em sabão não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, como também gera novas oportunidades de renda para a comunidade. Durante o Festival de Inverno, esse processo foi ampliado de maneira colaborativa, envolvendo a população local em cada etapa, desde a coleta do óleo nas barracas de lanches até a produção do sabão sustentável.

A empresa parceira do FIB promoveu oficinas para ensinar a produção de sabão a partir do óleo reciclado, garantindo que o conhecimento se espalhasse entre os participantes. Antônia Alves, de 53 anos e atualmente desempregada, viu na oficina uma chance de mudar sua situação. Ela explica que o aprendizado prático proporcionou uma nova habilidade e abriu portas para gerar uma renda extra.

“Passei pela praça e vi o estande. Fui lendo os cartazes e assim que vi o baldão de sabão que tinha acabado de ser feito, me interessei a aprender”, conta Antônia, prometendo repassar o conhecimento aos seus amigos e familiares. “Além de aprender a fazer sabão, que é uma habilidade valiosa, sinto que agora posso contribuir de forma significativa para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo em suas casas”. 

Eva levará sustentabilidade ao seu comércio e à comunidade

Empolgada com a oficina, Antônia rapidamente compartilhou a novidade com sua amiga Eva Aivi, de 59 anos, que trabalha como catadora de materiais recicláveis em Bonito e também é dona de um pequeno comércio, um mercadinho de bairro.

Interessada na oportunidade, Eva decidiu se envolver após encontrar vários litros de óleo no aterro sanitário da cidade. Ela afirma que planeja fazer sabão para vender em sua loja e também distribuir para quem não pode comprar. “Foi uma chance única de aprender e ajudar as pessoas. Vou usar o que aprendi para transformar o óleo e oferecer uma alternativa acessível a todos”. 

João se inspira na natureza e adota o sabão reciclado para um estilo de vida mais sustentável

José Antônio Lopes, de 65 anos, é artista plástico, terapeuta holístico e tem profunda conexão com a natureza, além de ter o hábito de consumir produtos naturais. Ao explorar o Festival de Inverno de Bonito, sua curiosidade o levou à tenda da Du Bem, onde a produção de sabão reciclado capturou seu interesse.

“Eu descobri a produção de sabão reciclado passando por aqui e fiquei fascinado. Sempre procurei formas de contribuir para a preservação ambiental, e o sabão feito com óleo reciclado me chamou a atenção”, explica José, revelando seu compromisso com práticas sustentáveis. Para ele, o sabão produzido será exclusivamente para uso próprio. “Embora eu não tenha óleo usado em casa para transformar, vou comprar óleo novo para fazer o sabão para mim mesmo”. 

O ciclo de reciclagem que transforma vidas

No FIB, o processo de reciclagem é cuidadosamente planejado para garantir que os resíduos tenham um destino correto, contribuindo tanto para a sustentabilidade quanto para a geração de renda. Neste ano, a coleta de recicláveis se expandiu, com aumento da equipe de catadores locais. “Nossa equipe recolhe materiais como latinhas, plásticos e papelão e os leva para uma empresa local que faz a triagem e separação. Depois disso, esses materiais são vendidos, gerando renda para os catadores”, afirma Ana Franzoloso, gestora da Du Bem.

O impacto dessas iniciativas reflete-se nos números. Em 2024, foi coletada 1,2 tonelada de materiais recicláveis, representando um aumento de 28,8% em relação ao ano anterior, quando foram recolhidos 938,29 quilos. Ana Franzoloso também destaca a importância de enviar os resíduos para a reciclagem de maneira adequada.

“Quando descartamos corretamente e enviamos para empresas especializadas, evitamos que toneladas de material acabem em aterros ou no meio ambiente. É um processo que vai além da coleta, envolvendo uma cadeia produtiva, onde cada parte tem seu papel, desde o catador até a empresa que recicla e transforma os materiais em novos produtos”, explica. 

Lixeiras ‘bag’ foram espalhadas pelo Festival de Inverno de Bonito para incentivar a coleta seletiva e promover a sustentabilidade

Nesse ciclo de reciclagem, personagens como Francisca Santos, de 72 anos, têm um papel fundamental. Natural de Bonito, ela trabalha como catadora há 15 anos. Sua jornada começou por necessidade, buscando uma forma de sustentar sua família. Hoje, a reciclagem é a principal fonte de renda de sua casa, permitindo que ela reformasse sua moradia e instalasse água e esgoto.

“Com a reciclagem, consegui melhorar minha vida. Reformei minha casa e vivo com mais dignidade”, conta Francisca, que participa do Festival de Inverno há cinco anos. Durante o evento, sua coleta diária, que costumava ser de quatro quilos, chegou a 40 quilos, resultado do aumento do fluxo de pessoas. Todo o material é levado para uma empresa local e vendido, gerando o sustento necessário para ela e sua família.

Já Ana Rosa, mineira de Porteirinha (MG), está em Bonito há muitos anos e vê na coleta de latinhas uma atividade que a mantém ativa e que complementa sua aposentadoria. “Catar latinhas me ajuda bastante. O dinheiro que ganho com elas cobre alguns custos, e como as coisas estão caras, faz diferença”, explica Ana, que há mais de vinte anos atua como catadora. Mesmo com o frio das noites do festival, ela não deixou de comparecer. “Eu gosto de vir, encontro pessoas boas, converso e faço amizades. Isso me deixa feliz”, relata.

Material coletado no FIB é enviado para uma empresa local, que garante a destinação correta para reciclagem

Além de catadoras como Francisca e Ana, há também outros agentes importantes no processo de reciclagem durante o Festival, como Ronaldo Barrios, de 53 anos. Ele é responsável pela mobilização dos catadores locais, desempenhando papel crucial na organização da coleta durante o evento. “Eu converso com os catadores e faço a mobilização. Quando a Ana [Franzoloso] chega, visitamos os catadores, e eles participam da coleta,” explica Ronaldo, que mantém contato com mais de 20 catadores ao longo do ano.

Ronaldo, que também trabalha como jardineiro, se envolveu com a reciclagem no festival no ano anterior e, desde então, colabora com a Du Bem. “É uma forma de ajudar a galera a ganhar um trocado a mais e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente,” afirma ele, destacando o orgulho que sente ao contribuir para a conservação do paraíso natural que é Bonito, sua terra natal.

Lucas Castro, Festival de Inverno de Bonito
Fotos: Álvaro Rezende

 

Lei Eleitoral

Em virtude da legislação eleitoral, toda comunicação institucional no âmbito dos municípios deve ser encerrada no prazo de três meses anteriores ao pleito.

A divulgação de notícias em portais institucionais também é afetada pelas regras das eleições.

Deste modo, em cumprimento ao calendário eleitoral, estamos suspendendo as publicações neste espaço.

Agradecendo a todos a compreensão.

‘Ageprev Perto de Você’ leva capacitação sobre previdência para Coxim – Agência de Noticias do Governo de Mato Grosso do Sul

O campus de Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em Coxim recebeu nos dias 28 e 29 de agosto, a quinta edição da segunda etapa do projeto Ageprev Perto de Você.

 

O programa de interiorização da Ageprev (Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul) tem o objetivo de capacitar os segurados ativos a respeito de temas como benefícios previdenciários, previdência complementar, perícia médica, educação financeira e Sistema de Gestão de Previdenciária.

O projeto dissemina conhecimento e informações relacionados às atualizações do Regime Próprio de Previdência Social – RPPS, suas inovações e benefícios previdenciários, além da forma prática e maneira adequada de manuseio de sistemas e plataformas vinculadas à previdência estadual.

O diretor de Gestão de Informação da Ageprev, João Ricardo Dias de Oliveira, falou em nome do seu diretor-presidente Jorge Oliveira Martins.

Realizado na cidade de Coxim no modelo de workshop, o evento contou com 71 participantes vindos dos municípios de Coxim, Alcinópolis, Camapuã, Costa Rica, Figueirão, Paraiso das Águas, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora, além da cidade sede. As palestras foram realizadas presencialmente em dois dias, com duração total de 15 horas.

Para a realização de mais esta etapa do projeto, a Ageprev conta com parceria da Secretaria de Administração, da Fundação Escola de Governo e participação de representantes da Fundação de Previdência Complementar de Mato Grosso do Sul – Prevcom/MS.

Expectativas

Servidora do Imasul, Patrícia Mendonça afirmou que o objetivo é “adquirir conhecimento de maneira a poder atender melhor os servidores. O conhecimento que levo será repassado para a equipe e, assim, poderemos aplicar melhor no nosso dia a dia”.

Já o oficial da Policia Militar de Mato Grosso do Sul, Adrian Giovanny Leguizamon, radicado em Chapadão do Sul, destacou a importância da atualização tecnológica. Em sua visão, a informatização dos processos “traz maior agilidade no que tange à gestão de pessoas e processos administrativos referentes a reserva e reforma”.

Ao término deste workshop, o projeto alcança um total de 649 servidores capacitados e atualizados sobre temas relevantes relativos aos regime próprio de previdência do Estado, a grande maioria representada por servidores que desenvolvem funções em setores de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas.

Waldemar Hozano, Comunicação Ageprev
Fotos: Ageprev

SP permite repasses para a Saúde em caso de aumento da arrecadação





Com envelhecimento da população, PEC permite que Estado repasse para a Saúde recursos adicionais da Educação; repasses atuais serão mantidos



Proposta permite que 5% dos excedentes da Educação sejam utilizados para investimentos na Saúde — Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

O Projeto de Emenda Constitucional (PEC) do Governo de São Paulo que propõe a possibilidade de flexibilizar o repasse de até 5% da receita estadual da Educação para a Saúde continua em tramitação na Assembleia Legislativa (Alesp). Na última quarta-feira (29), o texto foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Redação e agora segue para votação no plenário da Casa.

A Constituição Estadual excede a determinação federal e prevê um mínimo de 30% para a Educação. Pelo menos 5% excedentes – historicamente destinados a outras ações no âmbito da educação, inclusive previdenciárias – que serão flexibilizados pela PEC.

Leia a reportagem completa na Agência SP

Privada de liberdade, comunidade LGBTQIA+ agora tem ala exclusiva para garantir cidadania em presídio

Cidadania e segurança pública de mãos dadas para garantir os direitos da população, mesmo aquelas que estão em privação de liberdade. No mês de agosto, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul inaugurou a primeira ala LGBTQIA+, que abriga 69 detentas e detentos no Instituto Penal de Campo Grande.

Além da ala exclusiva para a comunidade, também foi entregue o espaço destinado aos cursos profissionalizantes na área de beleza que serão ofertados em parceria com o Sebrae. 

Uma das travestis que tomam à frente na hora de reivindicar também é a primeira a narrar a mudança de estrutura e no trato. Entre idas e vindas desde 2014, nos últimos quatro anos, o endereço dela é o número 2732 da Rua Indianápolis, no Noroeste.

Travesti de 34 anos narra como as mudanças chegaram ao Instituto Penal de Campo Grande. (Foto: Divulgação/Agepen)

“Faz tempo que a gente tenta ter um espaço só para nós, mas nunca teve essa possibilidade como agora. Me falaram que não tem cadeia no Brasil inteiro, que tem um espaço só para LGBT e nosso ainda vai ter salão”, comemora a travesti, de 34 anos. 

Antes, as mulheres trans, travestis e homens gays que pediam, ficavam isolados do restante em celas dentro do Instituto Penal. Agora, além das celas, o pavilhão permite que elas tenham a “liberdade” dentro do regime fechado na penitenciária.

“Não querendo justificar o erro que a gente cometeu lá fora, mas tem muitas meninas que se tivessem oportunidade, não precisavam estar presas. Faz unha, maquiagem, cabelo, henna, sobrancelha, mega hair, tudo. Agora, com essa chance, acredito que a gente vai se profissionalizar e, quando sair, vai ter uma profissão e não vai precisar ir pra rua mais, porque vai ter uma profissão que a gente gosta e sabe exercer”, enfatiza.

Além de ala, espaço feito de conteiner foi adequado para receber cursos de beleza. (Foto: Divulgação/Agepen)

Na prática, a ala exclusiva significa segurança, que é dever constitucional do Estado proteger a integridade física e moral dos presos.

“Já vem há muito tempo esse pedido para a ala LGBT, mas nunca tinha saído do papel. Aí veio a psicóloga do Instituto Penal e a nova direção, e nós conseguimos essa oportunidade. Não tem o que falar melhor do que gratidão e liberdade, porque a gente pode se casar, se beijar, se abraçar. É o nosso espaço, e isso é libertador”, descreve a travesti. 

Mudanças 

Em visita técnica, no último dia 21 de agosto, a Secretaria de Estado da Cidadania, por meio da Subsecretaria de Políticas Públicas para População LGBTQIA+, e a Agepen conferiram as melhorias estruturais que estão sendo implementadas no Instituto Penal de Campo Grande. 

Em visita técnica, Secretaria da Cidadania e Agepen dialogaram com a população carcerária LGBT+. (Foto: Divulgação/Agepen)

Diretor do Instituto Penal de Campo Grande, Leoney Martins, explica que o aprimoramento na rotina da unidade para adaptar uma ala exclusiva à comunidade LGBTQIA+ vem cumprir com as determinações do CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), previstas na Resolução Conjunta nº 1, de 15 de abril de 2024.

“E nessa mesma esteira da resolução, a gente disponibilizou um espaço para ofertar cursos específicos para este público e para que eles além de fazer o curso, apliquem o que aprenderam neles mesmos”, ressalta.

Coordenadora do Centro Estadual de Cidadania LGBT+, vinculado à Secretaria de Estado da Cidadania, Gaby Antonietta, enfatiza que a adequação garante não só a segurança da comunidade como também oportuniza programas de remição de pena. 

“Conversamos com as lideranças, em sua maioria mulheres trans e  travestis, que se mobilizam para dar voz e levar para a diretoria e equipe psicossocial, as necessidades de cada preso, de cada interno. Dialogando, elas relataram os benefícios que todos têm colhido através dessas melhorias, e agradeceram muito o trabalho da Cidadania em parceria com a Agepen, e o quanto cada visita técnica que realizamos é fundamental para essas conquistas”, diz.

Quem lida diariamente com quem vive cumprindo a pena, em privação de liberdade, relata que todo processo de ressocialização é um desafio. No entanto, quando se trata da população carcerária LGBT+, ele é ainda maior com a chamada “exclusão da exclusão”.

Ala garante segurança à uma população que acaba excluída dentro do próprio presídio. (Foto: Divulgação/Agepen)

“Os próprios custodiados não aceitam a população LGBT. O medo de ser LGBT na rua, por exemplo, é existente, não dá pra ignorar isso, mas dentro da unidade prisional, ele é uma constante. Então, o convívio coletivo tira toda e qualquer forma de tentativa de trabalho, de um processo ressocializador da população LGBT”, explica a psicóloga e policial penal do IPCG (Instituto Penal Campo Grande), Patricia Gabriela Magalhães.

Espaços como uma ala exclusiva e um local onde a comunidade LGBTQIA+ pode ser profissionalizada traz dignidade e é um passo para a reintegração social. 

“Ter um local onde se possa acordar sem medo, circular preservando suas características de gênero, em que você possa começar a reconhecer o significado da dignidade humana, é o que extrai a essência do processo ressocializador, da reintegração social. Por isso, há importância em buscar ferramentas para que a população carcerária possa ser devolvida à sociedade de forma diferente, e este espaço simboliza uma esperança”, reflete Patrícia.

Paula Maciulevicius, Comunicação da Cidadania
Keila Oliveira e Tatyane Santinoni, Comunicação Agepen