Para compartilhar experiências de práticas pedagógicas entre a África do Sul e o Brasil especificamente, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) promoveu na quinta-feira (7), um encontro entre o professor Dr. Dickson Ng’Ambi, da cidade do Cabo, com cerca de 50 Técnicos da Divisão do Ensino Fundamental e Médio.
Na ocasião, o professor Dr. Dickson, pesquisador do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação, falou do currículo da África do Sul e compartilhou experiências de práticas pedagógicas desenvolvidas no país. O docente é formado na Universidade da Cidade do Cabo, uma instituição de ensino superior pública, na província do Cabo Ocidental, África do Sul. Fundada em 1829, é a universidade mais antiga do país e está classificada como a melhor universidade da África.
Dickson parabenizou o posicionamento dos docentes. “Os desafios que enfrentamos não são diferentes do nosso país. São problemas comuns, principalmente em países em desenvolvimento. Mas, eu estou contente em ver que os professores estão lutando para encontrar respostas. Isso é sempre encorajador. Eles não estão acomodados, eles estão fazendo algo a respeito. Estão procurando soluções criativas para resolver os problemas e isso é o mais importante”.
A UCDB que fez o intercâmbio. Conforme Maria Cristina Lima Paniago, Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Educação — Mestrado e Doutorado da Universidade Católica Dom Bosco (PPGE-UCDB), em relação à internacionalização, um professor que veio da África do Sul, da cidade do Cabo, tem muitas experiências, muitos conhecimentos. “Isso enriquece muito, porque também abre muito os nossos olhos. A gente sai das caixinhas ou são contextos diferenciados e isso nos permite avançar na produção de outros conhecimentos, diferentes conhecimentos”.
Segundo a chefe do Ensino Fundamental e Médio, Ana Ribas, esse tipo de troca é fundamental para o enriquecimento profissional. “Esse diálogo significa que a Rede Municipal está no caminho certo, que essa gestão se faz no diálogo. Quando o professor Dickson compartilha as suas experiências, entendemos também as nossas potencialidades, as nossas lacunas, e essa troca é essencial para potencializar o conhecimento”.
Para o professor de Artes, Douglas Caetano, encontros como estes são extremamente válidos. “O mais interessante é a convergência entre o que está sendo pensado lá na África e o que já está acontecendo aqui nos nossos currículos. Desta forma, sabemos que estamos no caminho certo. Enquanto docente é necessário a gente pensar em uma educação que entenda todo esse processo de aprendizado e que o brincar faz parte de um conhecimento que é científico, precisa ser pensado dentro da educação e da escola como ferramenta de ensino”.