A SED (Secretaria de Estado de Educação) realizou terça-feira (19) em Campo Grande a primeira edição do Encontro Formativo para Diretores Escolares da REE (Rede Estadual de Ensino), contando com mais de 650 profissionais, entre diretores e adjuntos das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul.
O tema que dominou o evento foi ‘O diretor escolar e as dimensões da gestão democrática’, abordado em cinco rodas de conversas, apresentações e orientações durante todo o dia. A iniciativa está alinhada à transversalidade entre as secretarias de Estado, um dos pilares da atual gestão estadual.
Para o secretário de Educação, Hélio Daher, o encontro proporciona além da formação, a integração entre os diretores dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.
“Essa é a primeira vez que me reúno com todos os diretores ao mesmo tempo. Temos feito encontros em grupos menores nas CRE’s (Coordenadoria Regional de Educação), mas um evento assim, é diferente. Essa formação é parte obrigatória do processo de formação dos gestores. A gente começa um ciclo novo agora porque são diretores no novo mandato. Alguns já eram diretores, outros são novos. Mas, independentemente disso, todo mundo tem que fazer essa nova formação que dura o ano todo”, explica o secretário.
O evento contou com a participação do secretário executivo de Qualificação Profissional e Trabalho, Bruno Gouvea Bastos, que apresentou aos diretores o programa MS Qualifica, realizado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), e que tem como foco qualificar o trabalhador e assim permitir que ele assuma as vagas no mercado de trabalho que estão abertas no Estado.
O programa oferece cursos nas áreas da indústria, comércio, serviços e meio rural. A intenção é preencher as vagas que estão abertas no mercado de trabalho, mas não são ocupadas em função da falta de capacitação e mão de obra qualificada.
“O MS Qualifica em parceria com a Secretaria de Educação, através do Voucher Desenvolvedor, é justamente isso. Nós chamamos as empresas, chamamos a Secretaria de Educação junto com a Semadesc e formamos esse grande bloco em que o objetivo é qualificar esses estudantes para que eles sejam empregados no mercado de trabalho. Não só a qualificação em si, mas ela está voltada à empregabilidade e voltada à demanda que o setor produtivo coloca. Com isso, você vai melhorar ainda mais os índices de empregabilidade no Estado”, explica Bruno.
Oportunidade
Durante todo o dia, os diretores e adjuntos das 349 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul tiveram a oportunidade de receber informações sobre assuntos importantes para o dia-a-dia escolar, além da troca com os colegas, uma vez que encontros presenciais proporcionam essa conversa de forma direta e eficiente.
Para a diretora da Escola Estadual Professora Eufrosina Pinto, do município de Glória de Dourados, Rafaela da Silva Rosas, a formação presencial é fundamental e acrescenta muito no trabalho, inclusive sobre novidades e orientações para a rotina nas escolas.
“Eu sou diretora há oito anos, eu sempre venho nas formações, o que eu acho mais incrível é que toda vez é algo novo, algo diferente, então isso vem acrescentar muito ao trabalho da gente. E a vivência com os colegas que a gente acaba vendo só pelo celular ou no grupo que a gente tem, a gente acaba se reencontrando, trocando ideias, compartilhando as experiências que a gente teve na nossa escola e a formação sempre. E traz temas coerentes com o trabalho da gente”, afirma Rafaela.
Durante os intervalos das rodas de conversa, os diretores aproveitaram para conversar com os colegas, a formação presencial possibilita essa dinâmica, durante a pandemia, as reuniões on-line foram o caminho para os encontros, entretanto, estar juntos presencialmente, aproxima os gestores e proporciona essa troca de dúvidas, orientações e também a confraternização entre todos.
Esse é o pensamento do diretor Edevalte Junior, da escola Edwards Corrêa e Souza, localizada em Três Lagoas, que ficou muito contente ao receber o convite da formação em Campo Grande.
“Eu comecei de adjunto em 2012, e como diretor eu estou desde 2016 e acredito que essa formação tem vários pontos positivos, primeiro que a gente está sempre precisando se reciclar, porque as coisas vão mudando, e a gente tem que estar sempre alerta às mudanças e sempre estudando. E essa reunião com os diretores, a troca de experiência é fundamental, aqui percebemos que não estamos sozinhos, a gente sai daqui sai com energia, a gente vê que não estamos sozinhos, que tem várias pessoas na mesma situação que a gente, compartilhamos dores e dificuldades, ficamos fortalecidos, pois somos amparados pela SED e pelos colegas diretores”, explica Junior.
A secretária adjunta de Educação, Dione Hashioka, que também participou do evento, afirmou que sempre esteve muito próxima a Educação e que enxerga as necessidades e os desafios dos diretores, na busca de oferecer um ensino de qualidade para todos os alunos da REE
“Fui dentista de uma rede estadual por sete anos, então eu tive o contato da direção dos alunos, mas agora aqui na secretaria a gente vê que não é só uma sala de aula, tem muitas coisas por trás disso, então para mim está sendo tudo muito novo, mas muito estimulante para eu estar junto e poder contribuir, e levar para o interior do nosso estado, para nossa capital uma forma melhor da gente estar na educação. E também para olhar os frutos que a educação propicia aos nossos alunos”, esclarece Dione.
Segundo a diretora da Escola Cívico-Militar Prof. Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), Fernanda Bucalon, a formação que reúne todos os diretores é fundamental para enfrentar as dificuldades que aparecem no decorrer do ano letivo.
“Oportunizar para os gestores essa reunião, além do valor afetivo que proporciona aquele reencontro com alguns, também traz uma certa equidade de trabalho, a formação quando a informação chega para nós de uma forma igualitária e de uma forma similar, ela também proporciona ações similares. Então assim, quando as formações são feitas de forma conjunta, possibilita que as escolas consigam, mesmo dentro das suas peculiaridades, entregar a sua comunidade uma demanda mais igualitária. Aquela escola que está no centro, que às vezes se sente mais favorecida, se vê às vezes sendo assistida por outra escola que está lá na periferia e que às vezes era esquecida, era menosprezada. Então essas formações proporcionam principalmente para os gestores essa equidade, essa igualdade de trabalho e também oportuniza esse valor sentimental aliado a uma qualificação uniforme para toda a rede”, finaliza Fernanda.
Jackeline Oliveira, Comunicação SED
Fotos: Bruno Rezende
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