O Ensino Fundamental em Tempo Integral (EFTI) está presente, em 2024, em 829 escolas estaduais mineiras, abrangendo quase 42 mil estudantes. A modalidade oferece uma educação abrangente, enriquecendo a jornada escolar dos estudantes com integração dos componentes curriculares, buscando não apenas ampliar o conhecimento, mas também aprofundar habilidades e diversificar experiências formativas.
Neste ano, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), estabeleceu uma nova matriz curricular para o EFTI. Essa atualização requer que as escolas participantes ajustem seus planejamentos de ensino de acordo com essa nova organização, levando em consideração os objetivos de aprendizagem dos componentes do currículo referência e os princípios da educação integral.
A adaptação busca garantir a continuidade e o aprimoramento da qualidade educacional oferecida, mantendo o alinhamento com as necessidades e demandas do contexto atual.
De acordo com a coordenadora geral de Educação Integral e Profissional da SEE/MG, Andréa Botelho de Abreu, o objetivo é fornecer uma formação acadêmica de excelência em alinhamento com as competências do século 21.
“A ampliação da jornada faz com que o estudante tenha a oportunidade de desenvolver novas habilidades por meio de componentes, denominados atividades integradoras, que se relacionam com os componentes do Currículo de Referência”.
Protagonismo dos estudantes
Além de oferecer uma orientação contextualizada para os estudos com vistas à formação acadêmica de excelência e fortalecer o protagonismo dos estudantes, a educação em tempo integral garante segurança alimentar aos alunos, fornecendo três refeições diárias. Essa iniciativa não só contribui para o desenvolvimento intelectual dos estudantes, mas também para sua saúde e bem-estar durante o período escolar.
Uma das características importantes do EFTI é sua abordagem integral do processo educativo. Reconhecendo e valorizando as múltiplas dimensões do desenvolvimento humano, ele engloba não somente o aspecto cognitivo, mas também o físico, social, emocional e cultural dos alunos.
Nos anos iniciais do EFTI, os estudantes contam com 25 horas/aula semanais para os componentes curriculares das áreas de conhecimento, além de 20 horas/aula semanais destinadas às Atividades Integradoras. Já nos anos finais, essa distribuição se ajusta para 30 horas/aula nas áreas de conhecimento e 15 horas/aula nas Atividades Integradoras, totalizando 45 horas/aula semanais.
Para garantir a integração curricular, os componentes curriculares são distribuídos no quadro de horário das escolas de forma a não criar o entendimento de turno e contraturno. Assim, os componentes curriculares da parte comum e os da parte flexível (atividades integradoras) devem estar igualmente distribuídos ao longo das 9 horas/aula diárias.
A matriz curricular da modalidade é composta pelos componentes curriculares do Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) e das Atividades Integradoras, que se articulam de forma a garantir os direitos à aprendizagem e o pleno desenvolvimento do estudante, em todas as suas dimensões. São elas: