Como parte das ações da Prefeitura de Campo Grande no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor de arboviroses como Dengue, Zika e Chykungunia, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) tem utilizado drones para o mapeamento e fiscalização de terrenos baldios nas regiões com maior incidência de casos confirmados dessas doenças. À partir da identificação das áreas de risco fornecidas pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), o corpo técnico da Semadur passa a direcionar suas ações fiscalizatórias.
Os drones proporcionam celeridade e precisão durante as fiscalizações, pois em um curto espaço de tempo, dezenas de terrenos baldios podem ser identificados e então, seus proprietários são notificados para a correta manutenção de seus imóveis.
Exemplo disso foi a fiscalização realizada no Bairro Vivendas do Parque, localizado na Região do Bandeira, no dia 16 de fevereiro, local com alta incidência de casos confirmados, em que a partir da utilização dos drones, foi possível sobrevoar, em duas horas, uma área de 890 mil m² (ou 89 hectares), compreendendo todo o bairro. No total, foram 55 quadras monitoradas pelos drones.
Outra ação realizada com o apoio de drones aconteceu no dia 23 de fevereiro, no Bairro Parati, localizado na Região do Anhanduizinho. Em operação com os drones, foi possível sobrevoar por cerca de 2h30, uma área de 1.254.735 mil m² (ou 125 hectares), compreendendo todo o bairro. Por lá, foram 66 quadras quantificadas.
Em ambos os casos, os locais foram escolhidos devido a alta incidência de casos de Dengue e as imagens obtidas são encaminhadas para análise dos auditores fiscais e a correta identificação dos terrenos baldios sem a devida manutenção. Sendo assim, são elaborados os relatórios fiscais e logo são encaminhados como notificações aos seus respectivos proprietários.
Para moradora do Jardim das Nações, Paula Jéssica Costa Pinto, a fiscalização com o auxílio de drones pode apresentar melhores resultados no combate ao pontos de proliferação do mosquisto transmissor da dengue.
“Aqui em casa, em tudo que pode juntar água a gente coloca areia, como por exemplo, nos retentores de água das plantinhas. Além disso, sempre cortamos a grama periodicamente, para evitar ter focos de reprodução do mosquito da dengue. No entanto, pela vizinhança temos vários terrenos abandonados, além de não saber os cuidados que os vizinhos têm em suas residências. Então, uma ação como essa se faz necessária e importante para saúde de todos”, conta Paula Jéssica.
A secretária municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Kátia Sarturi, enfatiza a importância da atuação integrada das secretarias. “Entendemos que o melhor caminho é atuar no combate às arboviroses de forma conjunta entre as Pastas Municipais, o que resulta em uma melhor efetividade das ações de prevenção. E com a utilização do drones temos a oportunidade de identificar potenciais criadouros de mosquitos em áreas que seriam de difícil acesso, ficxam totalmente acessíveis para identificação”.
Portanto, o uso de novas tecnologias desempenha um papel fundamental no combate à Dengue, Zika e Chykungunia, fornecendo ferramentas e soluções inovadoras para prevenir a propagação destas doenças.