Kalil critica empresa de investimento na criação da liga: ‘Vai dar merda’ – Superesportes

foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

Kalil criticou presença de grupos financeiros na criação da Liga

Ex-presidente do Atlético e pré-candidato ao governo de Minas Gerais, Alexandre Kalil criticou a presença de grupos de investimento na criação da Libra (Liga do Futebol Brasileiro). O ex-dirigente do Galo disse que as empresas deveriam ser prospectadas depois do acerto entre os clubes, o que ainda não ocorreu. “Tem uma empresa de investimento criando uma liga, vai dar merda. Quem está criando não sabe fazer, nunca mexeu. Quem tem que criar a liga são os caras da bola, são os dirigentes. Desde quando precisa de empresa de investimento para criar liga? É pra quem não conhece de liga, não conhece nada. O princípio da liga depois de formada é trazer as empresas”, disse Kalil ao Flow Podcast

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“O que é o processo da liga? É justamente ver a empresa mais vantajosa para negociar isso. Já tem uma empresa que está montando isso, vai nascer errado”, questionou. “Não conheço a empresa, conheço de nome, não tenho nada contra nem a favor, mas já começa errado”.Em março, uma proposta de gestão foi apresentada aos clubes brasileiros pela LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, em conjunto com a XP Investimentos e a Alvarez & Marsal. Outros grupos também estão interessados em participar da liga brasileira, como a Codajas Sports Kapital – com ligações com o BTG – e a Livemode.”Quem vai escolher quem vai gerir essa liga, quem vai fundar essa liga, quem vai ser o CEO dessa liga são os clubes, como é no futebol inglês, no italiano, na MLS, como é na NBA. No Brasil, não. Já tem uma empresa que está organizando”, disse Kalil.

A criação da Libra

Ainda não há consenso entre os clubes das Séries A e B para a criação da Libra. Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Ponte Preta, Flamengo, Vasco, Botafogo e Cruzeiro já aderiram ao projeto.Outros clubes ainda não assinaram por causa da divisão do dinheiro e de outros questionamentos ao modelo proposto, casos de Atlético e América. Os times considerados dissidentes querem maior parte da arrecadação distribuída de forma igualitária.A nova liga poderia começar apenas em 2025, já que os clubes têm contrato assinado até 2024 com o modelo atual. A CBF já aceitou abdicar da organização das Séries A e B.