ESPORTES

Ex-Atlético revela tática de Tardelli para ‘driblar’ assédio de torcedores – Superesportes

foto: Pedro Souza/Atlético

Tardelli é um dos maiores ídolos da história do Atlético

Ex-jogador do Atlético, Lucas Cândido revelou uma tática curiosa de Diego Tardelli para ‘driblar’ o assédio dos torcedores após os treinamentos. Em participação no quadro Por Onde Anda?, do Superesportes, o meio-campista disse que o ex-companheiro fingia lesões para não dar autógrafos. 1 – Chegada: A história de Diego Tardelli no Atlético começa em 9 de janeiro de 2009. Naquele dia, o clube anunciou a contratação do atacante e do volante Renan. A operação para adquirir 50% dos direitos econômicos do ex-jogador do Flamengo custou R$ 2 milhões, na cotação da época. Foram pagos R$ 300 mil ao Rubro-Negro e R$ 400 mil ao São Paulo (por uma dívida contraída pelo Flamengo). O Atlético ainda perdoou um débito de 440 mil euros do Fla pela compra do goleiro Bruno. – foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press 2 – Estreia com gols no clássico: Tardelli jogou pela primeira vez com a camisa alvinegra em 17 de janeiro, quatro dias depois de ter sido oficialmente apresentado. O atacante marcou dois gols na estreia, a derrota por 4 a 2 para o Cruzeiro em Montevidéu, pelo Torneio de Verão, competição amistosa disputada no Uruguai. – foto: Pablo Porciúncula/AFP 3 – Artilharia do Mineiro: O primeiro ano de Tardelli no Atlético foi brilhante. Em 2009, o atacante – maior artilheiro do Brasil naquela temporada – marcou 42 gols em 56 jogos. Foram 16 bolas nas redes em 16 partidas do Campeoanto Mineiro, marca impressionante que lhe rendeu o posto de principal goleador da competição. Era um presságio do que viria por aí… – foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press 4 – Convocação: O ótimo início de trajetória no Atlético levou Tardelli à Seleção Brasileira. O artilheiro alvinegro foi a grande novidade da lista do técnico Dunga para o amistoso contra a Estônia, disputado em 12 de agosto de 2009. – foto: Ints Kalnins/Reuters 5 – Artilharia do Brasileiro: Em 2009, o Atlético brigou pelo título do Campeonato Brasileiro, mas perdeu força no fim e acabou em sétimo lugar. O grande nome da campanha foi Diego Tardelli, artilheiro da competição ao lado de Adriano, do Flamengo, com 19 gols. – foto: Ricardo Matsukawa/Futura Press 6 – Título mineiro: As grandes atuações individuais empolgavam, mas faltava uma conquista coletiva para coroar o bom momento de Tardelli. E o primeiro título veio em 2010. Capitão do time, o atacante fez gol nos dois jogos da final do Campeonato Mineiro contra o Ipatinga, levantou a taça estadual e festejou com a torcida no Centro de Belo Horizonte. – foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press 7 – Provocação: Diego Tardelli se eternizou na história do Atlético com gols, títulos e provocações. Antes de levantar a taça do Campeonato Mineiro de 2010, o atacante tirou do bolso uma flanela e lustrou o troféu. O Atlético tinha sido alvo de ‘zoeira’ de torcedores do Cruzeiro, já que havia passado a maior parte do Brasileiro de 2009 na zona de classificação à Libertadores, mas, no fim, viu o rival ultrapassá-lo e ficou fora da competição continental. – foto: Bruno Cantini/Atlético 8 – Hat-trick no clássico: ‘Queria passar um pouco do que o Obina passou ano passado, fazer três gols no clássico para ser lembrado’. Dois dias depois de ter dado essa declaração, Diego Tardelli fazia três gols na vitória por 4 a 3 no clássico contra o Cruzeiro, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, em fevereiro de 2011. Aquela atuação histórica seria um dos últimos ‘atos’ do atacante na primeira passagem pela Cidade do Galo. – foto: Renato Weil/EM/D.A Press 9 – Comemoração machista: O hat-trick de Diego Tardelli no clássico ficou marcado, também, por uma comemoração machista, lembrada até hoje. O atacante foi em direção à torcida do Cruzeiro e simulou que estava passando maquiagem. – foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press 10 – O primeiro ‘até logo’: Em março de 2011, a diretoria do Atlético liberou Diego Tardelli para viajar até a Rússia e acertar com o Anzhi. O clube alvinegro, na ocasião, informou ter pedido cinco milhões de euros (aproximadamente R$ 11,5 milhões na cotação da época) por 62,5% dos direitos do jogador, que se despediu da Cidade do Galo. – foto: Divulgação/Anzhi 11 – O retorno: Depois de uma longa negociação, o Atlético conseguiu contratar Diego Tardelli, em 2 de fevereiro de 2013. Para ter o atacante de volta, o clube topou pagar um valor de aproximadamente 5 milhões de euros ao Al-Gharafa, do Catar. Era o início da passagem mais vitoriosa do artilheiro pela Cidade do Galo. ‘Minha parte está pronta. Torcida chata tá tá tá tá tá tá tá. É nosso de novo! Agora tô de férias’, anunciou o então presidente Alexandre Kalil. – foto: Euler Junior/EM/D.A Press 12 – Volta com título: Pouco mais de três meses depois de retornar ao Atlético, Diego Tardelli levantou uma taça. O atacante marcou um dos gols da vitória por 3 a 0 sobre o Cruzeiro, no jogo de ida da final do Campeonato Mineiro de 2013. No duelo de volta, o time alvinegro perdeu por 2 a 1, mas levou o título. – foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press 13 – ‘Batalha’ no México: O título mais importante de Tardelli pelo Atlético seria conquistado meses depois, em 24 de julho. Mas, para chegar até a final contra o Olimpia-PAR, o time precisou superar fortes equipes pelo caminho. Vice-artilheiro da competição, com seis gols, Tardelli foi importante ao longo da trajetória e marcou um importante gol no empate por 2 a 2 com o Tijuana-MEX, fora de casa, pela partida de ida das quartas de final. No jogo de volta, ‘São’ Victor foi ‘canonizado’ ao defender o pênalti cobrado por Riascos nos minutos finais. – foto: Ramiro Fuentes/AFP 14 – A glória eterna: Diego Tardelli foi um dos protagonistas de um dos times mais importantes da história do Atlético. Após uma primeira passagem com muitos gols, mas só um título, o atacante voltou ao clube para, em julho, conseguir a ‘glória eterna’: a Copa Libertadores da América. – foto: Bruno Cantini/Atlético 15 – Decepção no Mundial: Tardelli também esteve na decepcionante campanha no Mundial de Clubes de 2013. Na foto, o atacante aparece carregando a bola na derrota por 3 a 1 para o Raja Casablanca-MAR, na semifinal. – foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press 16 – América alvinegra: O continente voltou a ser pintado de alvinegro em julho de 2014. Diego Tardelli foi peça fundamental da conquista da Recopa Sul-Americana ao marcar nos dois jogos contra o Lanús-ARG. No duelo de volta, no Mineirão, o atacante chegou à marca de 100 gols pelo clube. – foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press 17 – Volta à Seleção Brasileira: Após quatro anos, Diego Tardelli foi lembrado novamente numa convocação da Seleção Brasileira. Em agosto de 2014, o atacante do Atlético entrou na lista do técnico Dunga para amistosos contra Colômbia e Equador. – foto: Fred Dufour/AFP 18 – Nova provocação: Diego Tardelli se caracterizou por ser decisivo contra o Cruzeiro. Em 19 partidas diante do maior rival, o atacante fez nove gols – sexta maior marca entre todos os jogadores do Atlético. Ao deixar sua marca na vitória por 3 a 2, pelo Brasileiro de 2014, o ídolo alvinegro voltou a provocar o adversário: juntou-se ao lateral-direito Marcos Rocha e, pelos números das camisas que vestiam, fez menção à goleada atleticana por 9 a 2, em 1927, placar mais elástico da história centenária da rivalidade. – foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press 19 – Título contra o rival: Atlético e Cruzeiro decidiram um campeonato nacional apenas uma vez. E deu Atlético. Na final da Copa do Brasil de 2014, Diego Tardelli marcou no jogo de volta, no Mineirão, e assegurou a taça. – foto: Bruno Cantini/Atlético 20 – Mais um ‘até logo’: Em janeiro de 2015, o Atlético topou vender Diego Tardelli ao Shandong Luneng-CHI. Os valores foram pouco inferiores a 8 milhões de euros. Era o segundo ‘até logo’ do ídolo atleticano. – foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press 21 – ‘Novela’ e polêmica: Desde que deixou a Cidade do Galo, em 2015, Diego Tardelli recebeu diversas sondagens e propostas para retornar ao Atlético. Ao voltar ao Brasil, em 2019, optou por defender o Grêmio, que topou pagar mais. Não conseguiu engrenar no Sul e ficou livre no mercado. Era a chance do Atlético. Porém, o então presidente alvinegro, Sérgio Sette Câmara, tratou de descartar a contratação do atacante, então com 34 anos. ‘Fazer asilo aqui agora?’, bradou, em vídeo gravado por um torcedor durante um voo. – foto: Reprodução/Twitter 22 – De volta: Os atritos com Sette Câmara foram superados, e o Atlético anunciou, em fevereiro de 2020, a volta do ídolo. Tardelli foi recebido por uma multidão de atleticanos no Aeroporto de Confis, cena parecida com a registrada em 2013, quando retornou pela primeira vez. – foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press 23 – Problemas físicos: Cercada de grande expectativa da torcida, a terceira passagem de Tardelli pelo Atlético foi melancólica. O atacante pouco conseguiu jogar, já que sofreu uma série de lesões. A mais grave delas exigiu uma cirurgia no tornozelo direito, em julho de 2020, e o afastou da maior parte da temporada passada. Em 2021, o contrato foi ampliado, mas o jogador voltou a ter problemas médicos e quase não entrou em campo. Desde o retorno, foram apenas dois gols e 11 jogos. – foto: Reprodução/Instagram 24 – Mais títulos: Mesmo com poucos minutos em campo, Tardelli conseguiu aumentar a galeria de troféus conquistados pelo Atlético. O atacante fez parte do elenco bicampeão mineiro em 2020 e 2021. Nesta temporada, contribuiu com dois gols na fase classificatória. – foto: Pedro Souza/Atlético 25 – A despedida: 230 jogos, 112 gols (nove em clássicos), sete títulos conquistados e a idolatria eterna. Nesta quinta-feira, 27 de maio de 2021, Diego Tardelli recebeu a notícia de que não teria o contrato renovado pelo Atlético. O atacante se despede pela terceira vez do clube em que tanto brilhou. O último ‘ato’ será neste domingo, quando receberá homenagens na partida diante do Fortaleza, no Mineirão, na primeira rodada do Brasileirão. Será mais um ‘até logo’? Ver todas

Ídolo não terá contrato renovado e se despedirá do clube alvinegro

Saiba mais

Rodrigo Caetano explica ‘não’ do Atlético para volta de Tardelli

Comentarista, sobre possível retorno de Tardelli ao Atlético: ‘Não dá mais’

Mas tudo não passava de uma brincadeira. Segundo Lucas, o atacante era carregado por Ronaldinho Gaúcho e Jô para o vestiário, como se estivesse lesionado, e depois retornava para atender aos atleticanos. “O que eu mais gostava era, depois do treino, eles ficavam conversando no campo. Nessa época, o Atlético tinha muitos sócio-torcedores que podiam assistir ao treino. O Tardelli fingia que estava machucado, e o Jô e o Ronaldinho pegavam ele para ir ao vestiário, para não dar autógrafo”, revelou Lucas. O jogador ressaltou que tudo era apenas uma diversão para os atletas. Ele também elogiou o grupo que conquistou a Copa Libertadores, em 2013, e a Copa do Brasil, em 2014.  “Mas era brincadeira, porque tinha muita gente. Mas depois eles voltavam e davam autógrafos. Foi um momento que me marcou. Era um grupo muito bom de trabalhar. Foi um dos melhores que já trabalhei, e que tinha muita gente famosa, mas mesmo assim era um grupo bom, o que hoje é difícil, porque tem muito ego”, afirmou. 

Passagens no Atlético

 Lucas Cândido está livre no mercado após defender o Al Dhafra, dos Emirados Árabes. Ele vestiu a camisa do Atlético entre 2013 a 2018, realizando 63 jogos. Nesse período, foi companheiro de Tardelli em 2013 e 2014 – o atacante é um dos maiores ídolos da história do clube. foto: Bruno Cantini/Atlético

Lucas Cândido defendeu o Atlético por cinco temporadas

 Nas três passagens pelo Galo, Tardelli disputou 230 jogos e marcou 112 gols. O atacante é o 15º maior artilheiro da história do clube. Pelo Galo, ganhou sete títulos:  Copa Libertadores (2013), Copa do Brasil (2014), Recopa Sul-Americana (2014) e Campeonato Mineiro (2010, 2013, 2020 e 2021).O ex-camisa 9 do Atlético está sem clube desde que deixou o Santos, no fim do ano passado. Ele chegou a tentar voltar para a Cidade do Galo, mas a negociação não deu certo.