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Evento encerra Carnaval com multidão em quatro polos do Centro Histórico

A primeira edição do evento ‘Ainda Tem’, que realiza um dia intenso de festejos carnavalescos no sábado após a Quarta-Feira de Cinzas, foi um sucesso. Misturando ritmos diversos, o evento fez uma multidão se espalhar pelas ruas do Centro Histórico num momento que busca valorizar as culturas e as identidades culturais locais, envolvendo clubes de frevo, escolas de samba, maracatus, ala ursas, tribos indígenas, além dos shows de Salete Marrom, Myra Maya e das bandas Tracundum e Cabruêra, artistas da terra. Esta última, encerrando a noite no Ponto de Cem Réis, reunindo cerca de quatro mil pessoas.     

    

Realizado pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), o ‘Ainda Tem’ estreou em 2024 e passa a acontecer anualmente, sempre no sábado após o feriado de Carnaval.         

“É uma vitória completa do nosso Carnaval. O ‘Ainda Tem’ é uma síntese de um trabalho que a Funjope e a Prefeitura vêm fazendo de estímulo e valorização das culturas carnavalescas e populares em João Pessoa. Nós realizamos um Carnaval de excelência, desde as prévias, que começaram no dia 12 de janeiro, até a conclusão do Carnaval Tradição, passando pelo Folia de Rua, Via Folia, com os blocos independentes nos bairros, com os blocos no Centro Histórico”, avaliou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.         

Ele ressaltou que, com a orientação do prefeito Cícero Lucena, a Funjope queria marcar um momento especial e único de celebração do Carnaval de João Pessoa. Com esta ação, a Fundação conseguiu integrar as mais variadas culturas nos diversos ambientes do Centro Histórico como o Ponto de Cem Réis, Praça Rio Branco, Casa da Pólvora, Largo de São Pedro Gonçalves, na General Osório.         

“Criamos um roteiro cultural e turístico na nossa cidade, e agora colocamos João Pessoa no mapa das cidades que têm um Carnaval forte e que têm um pós-Carnaval igualmente forte. Em todos esses ambientes nós presenciamos uma tranquilidade, uma paz, um congraçamento das pessoas. Isso é muito importante para todos nós que fazemos a Funjope e a Prefeitura de João Pessoa”, comemorou.         

E continuou: “Temos a consciência, e o prefeito Cícero também é bastante consciente disso, de que estimular a cultura é promover a economia criativa, gerar emprego e renda em toda uma cadeia produtiva da cidade, dos hotéis aos pequenos comerciantes, aos bares e restaurantes do Centro Histórico, ao comércio ambulante, ao motorista de táxi, ao motorista de aplicativo. Enfim, toda uma rede produtiva da economia é mobilizada a partir da cultura”, acrescentou.       

  

Polo Largo de São Pedro – Quem foi prestigiar o ‘Ainda Tem’ não se arrependeu. A francesa Anabelle Vanucci dançou ao som das batucadas. “Estou gostando muito da festa. Adorei o maracatu. Maravilhoso. O povo brasileiro é muito acolhedor”, declarou.

De Campina Grande, a auxiliar veterinária Ellen Karolyne Alves estava encantada. “Eu vim nas prévias, que adorei; vim no Sabadinho, que achei o máximo, uma galera bem animada. Amei os bloquinhos. Adorei tudo. O ‘Ainda Tem’ está aprovadíssimo e eu vou voltar, com certeza”, afirmou. A fisioterapeuta Ana Moreira, que estava no polo do Largo de São Frei Pedro Gonçalves, também elogiou o evento. “Eu adorei. Tem muito policiamento. Este ano, inclusive, o Carnaval de João Pessoa teve mais festas, foi muito melhor”, elogiou.         

“João Pessoa sempre foi muito carente de Carnaval, de movimento, e esse momento que estamos tendo, principalmente valorizando a nossa cultura local, as ala ursas, o frevo, é fundamental para quem mora aqui, para quem faz cultura, para o turista, é inovador, é necessário e traz alegria, movimento, economia. É muito importante”, disse a administradora Caroline Arruda.         

“A iniciativa está aprovadíssima. Brasileiro, nordestino adoram Carnaval e quanto mais, melhor. Quem venham mais eventos como este”, comentou a gastrônoma Ana Paula Barros.         

Polo Casa da Pólvora – No polo da Casa da Pólvora, o analista de trade marketing Bruno Leonardo Ramos disse que o evento não poderia ser melhor. “Para a cultura de João Pessoa, é muito bom e ajuda, inclusive, os ambulantes, as pessoas que trabalham informalmente. Também é ótimo para o público que pode sair um pouco de casa. Passamos um momento difícil durante a pandemia e acredito que todo mundo agora quer aproveitar o máximo da vida. Essa ideia foi maravilhosa”, observou.         

“Eu gostei bastante do evento, com seus vários polos e nós podemos transitar entre eles. É muito a cultura da Paraíba, ala ursas, frevo, os blocos, escolas de samba. Muito legal esse movimento todo”, destacou a estudante de Artes Visuais Ana Beatriz Queiroga Couto.         

“Achei chique, amei, até porque João Pessoa tem mais movimento nas prévias e, quando terminam, a cidade fica muito vazia. Então, achei ótima a ideia. Nós sempre queremos mais um furdunço”, afirmou o atendente de telemarketing Alex Douglas da Silva Melo.         

“Com esse evento, revive o que está parado. O Centro Histórico tem tanta coisa para desfrutar, paisagem natural. Então, foi uma ideia muito massa, bem democrático”, destacou o jornalista Nael Viana.         

O designer de interiores Lucas Dantas da Silva também aprovou. “Muito bom esse incentivo da Prefeitura e da Funjope de trazer esses eventos para o Centro Histórico”, observou.     

    

Polo Ponto de Cem Réis – A diarista Maria Cláudia da Silva não teve dúvidas se sairia de casa neste sábado. “Quem não curtiu o Carnaval por algum motivo, tem essa oportunidade. Achei interessante porque foi bem dividido em polos, valorizando o Centro Histórico. Simplesmente maravilhoso”, disse.      

De férias em João Pessoa, a socióloga brasiliense Carla Coelho afirmou que amou o evento. “Foi muito agradável ver os blocos seguindo, estar rodeada desses monumentos históricos, com uma vista linda, uma área para onde não costumo vir quando estou em João Pessoa. Apreciei bastante”.         

A arquiteta e urbanista Natallia Cruz também aplaudiu a iniciativa. “Eu achei ótima. Eu amo o Centro de João Pessoa e acho uma ideia fantástica ocupar esse ambiente”, comentou.         

O administrador Marcone Tavares concordou. “Eu acho que está resgatando esse lado histórico da cidade, trazendo as pessoas para conhecer o Centro Histórico, um ambiente para todas as tribos e famílias. É muito bom, por parte da Prefeitura, fazer esse incremento de eventos culturais na cidade, tudo gratuito. As pessoas saem de casa, aproveitam o pôr do sol. Com isso, a cidade ganha e todo mundo ganha”.         

Comerciantes – Quem atua no comércio ambulante também aproveitou a festa para ganhar um dinheiro extra e conferir os shows. “Está sendo ótimo. Esta é a primeira vez que trabalho aqui e a expectativa é voltar para casa sem nenhum produto”, disse a comerciante Kerolayne Virgínia dos Santos durante o show de Cabruêra.         

Joana Santos também montou seu comércio e comemorou as vendas. “As pessoas precisam de mais eventos como esse. É muito bom para todo mundo, para quem vem curtir, para quem vem trabalhar. Estou muito feliz de estar aqui hoje”.         

“Estou aqui ganhando meu pão de cada dia. É uma oportunidade excelente para nós, ambulantes, de trabalhar. Estou gostando. As pessoas respeitando muito. Excelente o evento”, destacou a comerciante Fabiana dos Santos.         

Para o comerciante Fabrício Júnior, o ‘Ainda Tem’ está aprovado. “O evento foi muito bem elaborado, bem trabalhado. Estou aqui trabalhando e ainda me divertindo. É bom demais”.

O evento – O evento começou na Galeria Augusto dos Anjos, com o DJ Cris L. Depois, seguiu para a Praça Rio Branco com show da cantora Salete Marrom, no Sabadinho Bom. Dali, a festa seguiu com cortejo de ala ursas, apresentação das escolas de samba Império do Samba, Malandros do Morro, Unidos do Roger; tribos indígenas Tupi Guarani, Africanos, Ubirajara; clube de frevo Piratas de Jaguaribe; ala ursas Treme Terra, Urso Branco e Companhia e Urso Panda Gorila Louco; clubes de orquestra São Rafael Frevo e Folia e Ciganos do Esplanada. Teve também DJ Rokdahip, DJ Dopamina, DJ Laranja, maracatus Tambores do Tempo, Maracastelo, Baque Raiz, Quilombo Nagô, Baque Mulher, Pé de Elefante, blocos do Folia de Rua.

A cantora Myra Maya se apresentou na Casa da Pólvora. Já a banda Tracundum fez a festa no Largo de São Frei Pedro Gonçalves, e a banda Cabruêra, que está completando 25 anos de estrada, encerrou a noite no Ponto de Cem Réis.

Segurança – A segurança também foi destaque no ‘Ainda Tem’. A capitão Marilyn Sousa Santos, supervisora da unidade do Batalhão de Polícia Militar, explicou que o efetivo estava espalhado nos polos na noite deste sábado. Só no Ponto de Cem Réis, foram destacados 34 homens, além das equipes de prontidão no Hotel Globo e na Casa da Pólvora.

“Estamos aqui no policiamento para dar segurança às pessoas que vieram brincar o nosso Carnaval. Tudo muito tranquilo, graças a Deus. As pessoas estão vindo para festejar, encerrar o Carnaval. Não tivemos nenhuma ocorrência neste sábado”, afirmou. Para a equipe do Corpo de Bombeiros o trabalho também foi sem ocorrências. “Foi muito tranquilo neste Carnaval fora de época. O Corpo de Bombeiros faz a sua parte na segurança aos foliões, seja acidente ou princípio de incêndio, com ambulância e resgate. Mas, foi tudo muito tranquilo”, declarou o sargento Fabrício Macedo.

Ainda Tem – O ‘Ainda Tem’ é uma celebração do Carnaval, um encontro de todas as culturas carnavalescas com shows nos polos e cortejo das culturas populares e carnavalescas.  

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