Que façam reflexão no depto. de futebol da Ponte Preta!
Uma derrota da Ponte Preta em Mirassol por 1 a 0 seria considerada resultado normal não fosse a forma com que ocorreu dentro do Maião
O retrato da Ponte Preta neste jogo foi novamente de time mal escalado, sem a mínima organização de jogo, falta de visão do comandante
Mirassol teve mais força do que a Ponte Preta. Foto: Guga Aché Saad
Campinas, SP, 3 (AFI) – Uma derrota da Ponte Preta em Mirassol por 1 a 0 seria considerada resultado normal não fosse a forma com que ocorreu, na tarde/noite deste sábado. Problema é que o Departamento de Futebol pontepretano está à deriva, a começar pelo presidente Marco Eberlin que precipitadamente efetivou o então treinador interino Felipe Moreira.
O retrato da Ponte Preta neste jogo foi novamente de time mal escalado, sem a mínima organização de jogo, falta de visão do comandante para bloquear o setor que o Mirassol mais explorava – lado esquerdo -, equívocos em trocas de jogadores, e complacência com quem andava em campo, como os meias Élvis e Matheus Jesus.
Qual confiança que um comandante transmite aos seus jogadores ao abaixar totalmente as linhas, com saída de bola de trás apenas na base de chutões ao ataque, visando o isolado centroavante Jeh? Inconcebível, para o pontepretano, domínio total do Mirassol de começo ao final da partida, e mais uma vez o goleiro Caíque França evitando que o placar fosse dilatado, ao praticar defesa em falta cobrada pelo lateral-esquerdo Guilherme Biro, cabeçada do atacante Kauan e chute de Chico Kim.
Além disso, o atacante Negueba perdeu gol feito aos seis minutos do segundo quando, cara a cara com Caíque França, chutou a bola para fora, mas se redimiu aos 22 minutos. Deslocado pelo lado esquerdo, recebeu passe de Guilherme Biro e chutou fora do alcance do goleiro pontepretano, no canto esquerdo.
Mozart demorou para enxergar o ‘mapa da mina’.
MOZART SANTOS
A rigor, o jogo seria mais facilitado para o Mirassol se o seu treinador Mozart Santos tivesse enxergado, ainda no primeiro tempo, a ‘avenidona’ no lado esquerdo de seu ataque. O minimamente recomendável na ocasião seria ter deslocado o rápido Negueba por ali, em vez do burocrático Chico Kim, até porque o lateral-esquerdo Guilherme Biro avançava sistematicamente para trabalhar jogadas.
E na Ponte Preta, apenas esporadicamente o volante Léo Naldi se deslocava pelo setor para ajudar no combate, até que no intervalo foi tomada a providência de se colocar em campo Eliel, com atribuição de usar aquela faixa defensiva e ofensivamente, com a saída do volante Felipe Amaral.
Cá pra nós: por que manter em campo Matheus Jesus mais recuado, porém sem a mínima mobilidade, para a função de volante? Aí ficou um buracão no setor, sabiamente aproveitado pelo Mirassol, que passou a ganhar a maioria dos rebotes e se reorganizar de forma contínua no ataque.
ÉLVIS
De que adianta a manutenção do meia Élvis se não havia para quem lançar?
Para Jeh? Isolado. Pablo Dyego? Performance horrorosa.
Avanços dos laterais?
Luiz Felipe tentou poucas transições e quase todas com erros, enquanto já não se esperava esse tipo de comportamento do lateral-esquerdo Artur.
Pior é que havia sinalizações de outros jogadores para o setor, como Feliphinho e Maílton, que ficou em campo apenas oito minutos, após ter substituído Luiz Felipe, na lateral-direita.
Ora, por que não ter deslocado Artur à zaga, em vez de se arriscar com Tomas, saído recentemente da base?
Se o treinador não transmite confiança aos comandados, com sequência de equívocos, como esperar performances dentro das possibilidades deles?
MURALHA
Passar todo tempo da partida de forma que o goleiro Alex Muralha apenas neutralizasse tentativa de finalização do meia Cássio Gabriel é muito pouco. Logo, que essas críticas, com amplo detalhamento, sirvam de reflexão aos dirigentes, até porque não é proibido revisão de conceito.
Se ninguém é dono da Ponte Preta, que a voz do torcedor seja ouvida. Não o subestime, pois se a maioria não enxerga futebol com profundidade, o básico enxerga.
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