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Vitória é importante, mas o desajuste de marcação na 'meiúca' do Guarani prevalece


Vitória é importante, mas o desajuste de marcação na ‘meiúca’ do Guarani prevalece

Opinião: Ariovaldo Izac analisa a rodada e a vitória do Bugre em casa

Guarani venceu o Smapaio Corrêa por 2 a 0

Categorias: Coluna e colunistas

Por: ARIOVALO IZAC, 13/05/2023

Campinas, SP, 13 (AFI) – Torcedor de clube de futebol é adepto do conceito que o importante é a vitória em cada jogo, independentemente das circunstâncias, mesmo que seja até com ajuda da arbitragem.

Pois o Guarani venceu o Sampaio Corrêa por 2 a 0, na tarde/noite deste sábado em Campinas, com arbitragem discreta e sem reparo do gaúcho Leandro Pedro Vuaden, mas precisava ser dominado inteiramente durante o segundo tempo por um adversário com claras limitações e desfalcado da metade dos titulares?

GOLS RELÂMPAGOS

Se os três pontos conquistados encobrem defeitos aqui e acolá, com projeção que podem ser corrigidos na sequência, o bugrino que assim pensa passa o final de semana comemorando a quarta vitória na Série B do Campeonato Brasileiro, resultado que alinha a equipe ao pelotão de cima da competição.

Quem se dispuser a uma olhar mais crítico, vai constatar que de uma possível goleada que o Guarani poderia ter aplicado ainda no primeiro tempo, teve contorno de correr risco após o intervalo.

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O Guarani soube explorar a sonolência do adversário para construir vantagem com sete minutos de bola rolando.

Com três minutos, o lateral-direito Marcos Ytalo, do time maranhense, cometeu erro crasso ao tentar recuar bola de cabeça. Como o toque foi curto, possibilitou que o atacante de beirada Bruninho, do Guarani, completasse a finalização com sucesso.

Quatro minutos depois, após cobrança de escanteio para o Guarani, através do meia Régis, o zagueiro Lucão cabeceou em direção ao gol, em típica bola que o goleiro Luís Daniel poderia ter abafado, mas ficou parado, e disso se aproveitou o atacante Derek para completar para as redes: 2 a 0.

TRAVESSÃO

E Bruninho, em outras duas ocasiões ameaçou. Foi quando em tentativa de cruzamento a bola resvalou no travessão. E o mesmo local foi alvo após chute de fora da área, ao passo que o Sampaio Corrêa, embora terminasse o primeiro tempo com maior volume ofensivo, não teve competência para concluir jogadas, tanto que o atacante Vinícius Alves perdeu gol certo, ao cabecear a bola para fora.

MARCOS YTALO

Enquanto há treinadores condescendentes com atletas que cometem falhas bárbaras, o estreante Márcio Fernandes, do Sampaio Corrêa, não titubeou ao sacar Marcos Ytalo no intervalo, pois além da culpa direta no primeiro gol, perdia o duelo com Bruninho. Assim o substituiu por Maurício.

E ao adiantar as linhas de seus jogadores, o Sampaio criou maior volume ofensivo de jogo, e colocou à prova mais uma vez a resistência do compartimento defensivo bugrino, embora por duas vezes a equipe correu risco de sofrer gols.

Será difícil o atacante Vinícius Alves explicar como, livre de marcação, na pequena área, conseguir chutar a bola no travessão e, na sobra, cabecear nas mãos do goleiro Tony, aos 22 minutos. Depois foi a vez do zagueiro Joécio, após falta cobrada pelo meia Marcinho, aparecer livre no segundo pau e chutar a bola para fora.

CADÊ O DESARME?

Desde o jogo contra o Ituano – portanto nas quatro últimas rodadas – está claro um sério problema até então não contornado pelo time bugrino.

Com a compactação dos adversários no setor de meio de campo, apenas os volantes bugrinos não têm dado conta para desarmar as jogadas, que acabam afuniladas até o compartimento defensivo, que têm correspondido.

Foi citado reiteradas vezes que o atacante Bruno José faz a recomposição basicamente pelo corredor, enquanto Bruninho não tem a disciplina tática de fazer com constância a recomposição, e quando isso ocorre falta-lhe aptidão para o desarme.

Aí tem-se o agravante de o meia Régis igualmente não ter característica de marcador, tanto que desta vez, experimentalmente, o treinador bugrino Bruno Pivetti o desobrigou de recuar, deixando a atribuição ao atacante Derek, que apenas cerca adversários.

Na metade do segundo tempo, quando substituiu Derek, Pivetti até experimentou fixar Isaque como meia, e assim adiantar Régis como centroavante, mas a resposta não foi satisfatória.

Portanto, a uma semana para a realização do dérbi campineiro, Pivetti vai conviver com o dilema de como harmonizar a marcação de um cinturão apropriado na cabeça de sua área. 

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