foto: Fabrice COFFRINI / AFP
Platini, de 66 anos, ex-presidente da Uefa, deixa o prédio de tribunal suíço na cidade de Bellinzona
Um tribunal federal da Suíça abriu nesta quarta-feira (8) o processo contra Michel Platini e o ex-presidente da Fifa Joseph Blatter, julgados pelo pagamento suspeito que encerrou em 2015 a trajetória de ambos como dirigentes do futebol mundial.Os dois antigos aliados, que se tornaram rivais à medida que Platini se mostrava impaciente para suceder Blatter, compareceram em liberdade ao tribunal de Bellinzona, nesta quarta-feira (8).
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Platini, 66 anos, e Blatter, 86, são acusados de “obter ilegalmente, em detrimento da Fifa, um pagamento de dois milhões de francos suíços” (1,8 milhão de euros, pouco mais de US$ 2 milhões) “em favor de Michel Platini”, de acordo com o Ministério Público.Objetos de outros processos, na França para o ex-jogador e na Suíça para Sepp Blatter, os dois podem ser condenados a cinco anos de prisão ou a pagar multa, caso sejam considerados culpados.Defesas e acusação concordam em um ponto: o francês foi assessor de Blatter entre 1998 e 2002, durante o primeiro mandato do suíço à frente da Fifa, e os dois dirigentes assinaram um contrato em 1999 que estabeleceu uma remuneração anual de 300 mil francos suíços “faturado pelo senhor Platini e integralmente pagos pela Fifa”, segundo a Promotoria. foto: Fabrice COFFRINI / AFP
Blatter, de 86 anos, ex-presidente da Fifa, deixa o prédio de tribunal suíço na cidade de Bellinzona
Mas em janeiro de 2011, “mais de oito anos após o fim da sua atividade como assessor”, o ex-capitão da seleção francesa “alegou uma dívida de 2 milhões de francos suíços (quase de dois milhões de dólares)”, paga pela entidade que comanda o futebol mundial “com a participação” de Sepp Blatter.Para a acusação, este foi um pagamento “sem fundamento”, que induziu “de maneira hábil ao erro” os controles internos da Fifa por meio de declarações enganosas dos dois dirigentes.Ambos insistem que decidiram desde o início por um salário anual de 1 milhão de francos suíços, em um acordo oral e sem a presença de testemunhas.