Dérbi pode ser termômetro para o técnico da Ponte Preta
Pois é, vão deixando o barco rolar até que o dérbi (dia 21 de maio) seja o termômetro para tomada de decisão.
Aí, na hipótese de um desastre e pressão da torcida, toma-se decisão adiada injustificadamente de se buscar novo treinador
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Por: ARIOVALDO IZAC – -, 10/05/2023
Campinas, SP, 9 (AFI) – Pelo visto a cartolada da Ponte Preta vai empurrar com a ‘barriga’ a questão treinador, e toca-se a vida com o interino Felipe Moreira sabe-se lá até quando. Será que não tem gente conectada quando o assunto é bola rolando no comando do futebol do clube?
Pois é, vão deixando o barco rolar até que o dérbi (dia 21 de maio) seja o termômetro para tomada de decisão. Aí, na hipótese de um desastre e pressão da torcida, toma-se decisão adiada injustificadamente de se buscar treinador. Se passar pelo rival ou não perder, aí vão imaginar que aquela posição inicial de se buscar um sucessor de Hélio dos Anjos pode ser congelada.
DECISÕES EQUIVOCADAS
Evidente que o comando inicial da equipe pontepretana com Felipe Moreira, contra o Criciúma, fica fora de parâmetro, pois mal houve tempo para providências práticas e enfrentamento contra adversário ajustado.
No empate contra a Chapecoense levaram em conta o ponto conquistado fora de casa, ignorando que havia sim possibilidade de se ganhar a partida, e sem sofrer aquela pressão do adversário durante todo segundo tempo.
A exemplo do interino, dirigentes da Ponte não tiveram a devida informação do setor vulnerável na defensiva do time catarinense, que é o lateral-esquerdo Cristiano. Tivesse gente pensante no comando técnico, teria puxado o atacante de beirada Pablo Dyego da esquerda para a direita para explorar aquela vulnerabilidade, e não posicionar o meia Matheus Jesus por ali.
Eu elucubrando? Não. Com sabedoria, Eduardo Baptista, treinador do Novorizontino, explorou aquele ‘atalho’, na tentativa de ganhar aquele jogo com a Chapecoense. Por ali posicionou o seu atacante de beirada Aylon, coadjuvado pelo lateral Willen Lepo, e foi assim que o seu time chegou ao gol e criou outras chances.
Quis o destino que antes da metade do primeiro tempo Cristiano se lesionasse e cedesse o lugar para o lateral Mancha, que além de colocar uma trava no setor, ainda foi ao ataque e marcou o gol de empate: 1 a 1.
TRÊS ZAGUEIROS
O que justificaria a formação do time pontepretano com três zagueiros contra o Botafogo? Deu certo porque o adversário foi um fiasco naquele jogo e a inesperada improvisação do destro Maílton na lateral-esquerda funcionou.
Aberração intolerante de Felipe Moreira foi improvisar um volante no lugar de atacante contra o Ceará, em jogo da Ponte Preta em Campinas. Com a lesão do insinuante Eliel, eis que o interino colocou em campo o volante Léo Naldi, para juntar-se a Felipe Amaral e Feliphinho. Sim, dirão que a função de Naldi seria ofensiva, sem obrigatoriedade de recomposição.
Só que ele não é atacante e a Ponte contava com jogadores da posição entre os reservas.
Não nos esqueçamos que o empate naquele jogo foi contra um time alternativo do Ceará, que havia poupado cinco titulares, desgastados devido à final da Copa do Nordeste, quatro dias antes.
OPÇÕES TÁTICAS
Afora esses aspectos de conceito, taticamente não se viu triangulações trabalhadas pelos lados do campo, mas houve, sim, abuso de chuveirinhos. De mais a mais, há treinadores que supostamente se encaixariam em elenco com proposta competitiva como o da Ponte Preta.
Mesmo empregados, provavelmente não teriam dificuldades de desligamento, e com possibilidade de se enquadrarem no perfil financeiro da Ponte Preta. Quem está conectado nesse ‘mundaréu’ da bola constata isso sem dificuldade.