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Luto! Morre Just Fontaine, maior artilheiro de uma edição de Copa com 13 gols


Luto! Morre Just Fontaine, maior artilheiro de uma edição de Copa com 13 gols

Na Copa do Mundo de 1958, em que Fontaine estabeleceu o recorde, a França chegou às semifinais pela primeira vez em sua história, quando foi derrotada pela seleção brasileira, liderada por Pelé, por 5 a 2

Just Fontaine tinha 25 anos quando disputou aquela competição

Categorias: Futebol Mundo

Por: Agência Futebol Interior, 01/03/2023

Just Fontaine durante a Copa do Mundo de 1958

Campinas, SP, 01 (AFI) – O francês Just Fontaine, maior artilheiro de uma edição de Copa do Mundo, com 13 gols no Mundial da Suécia, em 1958, quando o Brasil ergueu a taça pela primeira vez, morreu nesta quarta-feira, aos 89 anos, informou a família à agência de notícias AFP. Na Copa em que Fontaine estabeleceu o recorde, a França chegou às semifinais pela primeira vez em sua história, quando foi derrotada pela seleção brasileira, liderada por Pelé, por 5 a 2. Na disputa do terceiro lugar, os franceses derrotaram a Alemanha por 6 a 3. Just Fontaine tinha 25 anos quando disputou aquela competição.

Com a morte de Fontaine, restam apenas três jogadores franceses daquele time épico de 1958. São eles Dominique Colonna, Robert Mouynet e Bernard Chiarelli.

Nascido em Marrakech, Fontaine não estava destinado a disputar aquela Copa do Mundo porque foi superado na hierarquia da seleção por Thadée Cisowski, lesionado no último momento. Além do recorde de 13 gols e daquela histórica semifinal da Copa do Mundo pela França, Just Fontaine alcançou um grande recorde no futebol de clubes com quatro títulos de campeão francês (um com o Nice e três com o Reims), duas Copas da França (Nice em 1954 e Reims em 1958) e uma final da Taça dos Campeões Europeus – a atual Liga dos Campeões – perdeu em 1959 por 2 a 0 para o Real Madrid de Di Stefano, Puskas e Kopa.

A carreira de Fontaine foi brutalmente interrompida no fim de 1962, com apenas 28 anos, após uma fratura dupla na perna. Aposentado dos gramados, ele chegou a trabalhar como técnico, mas sua carreira no banco foi bem mais discreta. Com a seleção francesa, teve um trabalho bem menos glorioso como técnico do que como jogador: durou apenas duas partidas no comando do time nacional em 1967, antes de ser demitido após duas derrotas em amistosos.

A experiência como técnico do Paris Saint-Germain (1973-1976) foi mais exitosa, com a promoção à primeira divisão em 1974. Encerrou a carreira à beira do gramado em sua terra natal, no Marrocos, dando à seleção daquele país o terceiro lugar na Copa Africana de 1980.

BRASIL 5 x 2 FRANÇA NA COPA de 1958A vitória sobre os franceses que levou a seleção brasileira à final da Copa foi um jogo memorável. Em campo, duas equipes que preferiam o futebol ofensivo, ainda que corressem risco o tempo todo. A diferença de três gols pode dar a impressão de que o jogo foi fácil para a seleção brasileira de Pelé. A França também criou várias chances e só não complicou a vida dos brasileiros porque o goleiro Gylmar e os zagueiros Orlando e Bellini estavam bem. Além disso, o Brasil tinha Pelé e Garrincha em grande tarde. Vavá foi o matador de sempre. Didi minava a confiança dos adversários com dribles desconcertantes. Isso fez a diferença.

Vavá marcou logo aos 2 minutos, aproveitando passe de Didi após saída errada dos franceses. Mas aos 8, Just Fontaine entrou por trás da zaga e empatou – foi o primeiro gol que o Brasil tomou na Copa do Mundo de 1958. O primeiro tempo se manteve equilibrado até Didi acertar uma bomba no ângulo aos 39 minutos.

Na etapa final, o Brasil deslanchou diante de uma atônita França de Fontaine. Pelé, aos 7, aos 19 e aos 29, marcando com o pé direito e com o esquerdo, construiu a goleada e a passagem à decisão. Piantoni até dminiu aos 39, mas naquela altura as 27 mil pessoas que estavam no estádio Rasunda só viam, e aplaudiam, uma equipe em campo: o Brasil.

FRANÇA EM 1958A seleção francesa chegou à Suécia pouco notada. Não tinha grande tradição e era encarada como coadjuvante. Mas, quando a Copa começou, a França surpreendeu. Liderada por Kopa, um meio-campista inteligente e habilidoso, e por Just Fontaine, um atacante com faro de gol, só não foi mais longe porque encontrou o Brasil pelo caminho.

Mas a seleção francesa tinha muito mais do que os dois jogadores. Praticava um futebol bastante técnico e ofensivo. A base da equipe era o forte Reims, vice-campeão da Copa dos Campeões das temporadas 1955/56 e 1958/59. Era uma máquina de fazer gols com Fontaine. Fez 23 em apenas seis partidas – a equipe que foi à Copa de 1958 foi a primeira grande seleção francesa da história.

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