foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília
Tanto o BRB quanto o Flamengo já se manifestaram nos autos do processo
Selada há quase dois anos, a parceria entre o Banco de Brasília e o Clube de Regatas Flamengo ainda provoca controvérsia entre os acionistas da instituição financeira. Mais do que isso: o contrato entre o banco e o time de futebol é objeto de processo no Tribunal de Contas do Distrito Federal. Ele constou na pauta da sessão reservada do TCDF dessa quarta-feira, sob a relatoria do conselheiro Márcio Michel.
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O processo tramita em caráter sigiloso e já está na fase de decisão de mérito. Tanto o BRB quanto o Flamengo já se manifestaram nos autos. O processo no TCDF tem como origem denúncias anônimas encaminhadas à Ouvidoria do tribunal. O Ministério Público de Contas (MPC), por sua vez, ingressou com representação na corte. O MPC pediu adoção de medida cautelar para suspender o repasse anual, no valor mínimo de R$ 32 milhões, do BRB para o Flamengo. Após análise das justificativas do BRB, o pedido de medida cautelar foi indeferido pelo TCDF. O julgamento do mérito da ação, entretanto, ainda está em aberto.Paralelamente ao processo em curso no TCDF, o negócio entre o BRB e o Flamengo é motivo de questionamento dos acionistas do banco. Na Assembleia Geral Ordinária realizada em 29 de abril de 2022, a Associação dos Empregados do Banco de Brasília (AEBRB) e a Associação Atlética Banco de Brasília (AABR), acionistas minoritários da instituição financeira controlada pelo Governo do Distrito Federal, votaram pela reprovação das contas apresentadas na reunião.Além de mencionar o processo investigatório no TCDF, os acionistas minoritários reclamam de falta de transparência por parte do banco no detalhamento do negócio com o time de futebol. “O resultado financeiro ou mesmo a confirmação das projeções evidenciadas quando da aprovação do projeto original não são apresentadas (sic) suficientemente aos membros do Conselho (de Administração)”.
Resposta do BRB
Em resposta às considerações dos acionistas, o presidente do Conselho de Administração do BRB, Marcelo Talarico, e o presidente do banco, Paulo Henrique Costa, asseguram que o negócio mantido entre a instituição financeira e o clube foi “apresentado às alçadas competentes”, tendo sido “apreciado e aprovado”.Destacam, ainda, que a parceria não constitui “personalidade jurídica própria”. Por essa razão, não haveria necessidade de apresentar “Demonstração de Resultado” específica. O ofício assinado pela cúpula do banco conclui que as receitas e despesas inerentes ao negócio estão incluídas no resultado do banco, tendo sido auditadas e aprovadas segundo normas de governança da instituição financeira.