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Empresa de Richarlison e Flávio Bolsonaro disputam posse de mansão em ilha paradisíaca no RJ


Empresa de Richarlison e Flávio Bolsonaro disputam posse de mansão em ilha paradisíaca no RJ

O advogado do senador, Willer Tomaz, deu entrada em ação judicial contra o jogador e seus sócios

A empresa do jogador Richarlison disputa a posse de um imóvel com o senador Flávio Bolsonaro

Categorias: Personalidades

Por: Agência Futebol Interior, 28/09/2022

Foto: Reprodução

Campinas, SP, 28 (AFI) – A empresa Sport 70, do jogador Richarlison, atacante da Seleção Brasileira e do Tottenham, da Inglaterra, trava uma briga na justiça com o senador Flávio Bolsonaro pela posse de uma mansão avaliada em R$10 milhões de reais em Ilha Comprida, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Segundo apurado e divulgado pelo portal Metrópoles, o imóvel foi vendido para Richarlison e seus sócios em 2020. Porém, em maio deste ano, uma liminar transferiu a posse ao advogado William Tomaz, amigo de Flávio e responsável por dar início ao processo de compra da mansão. 

A casa foi vendida para a empresa do jogador pelo empresário Antônio Marcos Pereira Silva. Antes da negociação, em julho de 2020, Flávio e sua esposa, a dentista Fernanda Bolsonaro, foram conhecer as instalações a convite do ex-senador Wilder Morais (PL-GO), e recebido pelo antigo dono. E foi aí que o filho do presidente teria ficado encantado com o imóvel. 

Na visita, o antigo proprietário havia informado que já estava negociando o imóvel e iria vendê-lo à Richarlison e seus sócios. 

Cinco meses depois, em janeiro de 2021, Antônio Marcos recebeu um telefonema informando que, sem convite por nenhuma das partes, Flávio havia ancorado uma lancha em frente à casa e estava acompanhado de um amigo, a quem queria mostrar as instalações da mansão. Na ocasião, o jogador da Seleção e seus sócios já eram donos do lugar.

O senador do Rio de Janeiro, inclusive, chegou a publicar um vídeo em seu Instagram apresentando e elogiando o imóvel em Angra. 

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REINTEGRAÇÃO

A briga na justiça é  pelo registro de posse. Isso porque, terrenos que sejam localizados em ilhas, em qualquer lugar do Brasil, pertencem à União, ou seja, ao Governo Federal. É ele quem vai outorgar a concessão da posse a quem for realmente o dono. 

Ao analisar os registros da mansão na Secretaria de Patrimônio da União (SPU), foi identificado que o documento não era atualizado desde 1977, quando o primeiro dono adquiriu a casa. Assim, nenhum dos proprietários que comprou o imóvel depois disso registraram a posse no SPU, sendo os contratos firmados entre as partes únicos comprovantes de compra existentes. 

Após adquirirem a mansão, os novos donos (Sport 70), realizaram uma série de reformas modernizando os espaços da casa. Richarlison e Renato Velasco, seu sócio, moram na Europa e visitaram o imóvel em Angra apenas em visitas esporádicas ao Braisl. 

A esposa de Renato, porém, passou um tempo morando na mansão, até ser surpreendida por um oficial de justiça e policiais que a expulsaram do local, alegando cumprimento de decisão de reintegração de posse. A mulher estava grávida e teve seus pertences colocados para fora de casa durante a madrugada, em maio deste ano, precisou ser internada às pressas e antecipar o parto do bebê em duas semanas. 

Segundo a decisão do juiz Ivan Pereira, da Segunda Vara Cível da Comarca de Angra, a ordem judicial atendia a um pedido da M Locadora, empresa que comprou o imóvel em 1986 e agora, 20 anos depois, estaria reivindicando a posse da mansão. 

Poucos dias depois, a empresa de Richarlison apresentou documentos que comprovam a posse da casa e conseguiram reverter a decisão de reintegração. Willer Tomaz, advogado e amigo de Flávio, recorreu à Segunda Instância na Justiça do Rio e, novamente, ganhou a causa.

A briga ainda corre na Justiça e agora envolve também antigos proprietários – a M Locadora e a WT Admnistração. Maria Alice Menna, de 78 anos, viúva de um dos antigos donos da M Locadora, afirma, através de seus advogados, que foi vítima de um golpe ao assinar o contrato que transferiu a posse à WT Administração. O desembargador do caso, Adriano Guimarães, ainda não analisou o caso. 

O QUE DIZ O SÓCIO DE RICHARLISON

Renato Velasco, empresário de Richarlison, lamenta a situação e diz que o sentimento dele e do jogador é de tristeza. 

“O Ric (Richarlison) ficou chateado com isso. Fomos compradores de boa-fé, pessoas idôneas, não fizemos nada de errado, compramos tudo legalmente, tudo certinho, temos toda a documentação, tudo. Como os caras fazem um negócio desse?”, disse o sócio. 

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