foto: Mourão Panda/América
América encerrou a fase de grupos na última colocação do Grupo D
A primeira participação do América na história da Copa Libertadores se encerrou nessa quarta-feira (25), com a derrota por 3 a 0 para o Independiente del Valle, no Estádio Banco Guayaquil, no Equador. Apesar da eliminação, a campanha do Coelho teve emoção, azar no sorteio e aprendizado. Nas fases preliminares aos grupos, o time mineiro fez história ao eliminar o Guaraní-PAR e o Barcelona-EQU. Em ambos os confrontos, o América foi derrotado no Independência e buscou a classificação fora de casa, com Jailson sendo decisivo nas penalidades máximas. A emoção foi maior na vitória sobre o Guaraní, na segunda fase. Após o revés por 1 a 0 no primeiro jogo, a equipe saiu perdendo por 2 a 0 no jogo de volta, mas conseguiu uma virada história, que ficou intitulada por torcedores como ‘o milagre de Assunção’, em referência à cidade paraguaia, local da partida. Na sequência, o sorteio colocou o América de frente com três campeões nacionais: além do rival Atlético, o Coelho teve que encarar o Tolima, da Colômbia, e o Independiente del Valle, do Equador.
Desempenho abaixo da expectativa
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Apesar da dificuldade do grupo, o América teve desempenho abaixo do esperado. Na primeira rodada, ainda sob o comando de Marquinhos Santos, a equipe foi apática e perdeu por 2 a 0 para o Del Valle, dentro de casa.Em seguida, o empate em 1 a 1 com o Atlético no Mineirão marcou a reestreia do técnico Vagner Mancini. O resultado teve gosto amargo ao Coelho, que vencia até os minutos finais, quando Ademir, ex-atacante alviverde, marcou um gol irregular e igualou o placar. A derrota mais sentida pelo grupo americano ocorreu na terceira rodada. No Independência, o time vencia o Tolima por 2 a 1 até os 40 minutos do segundo tempo, mas sofreu dois gols e levou a virada. A partir disso, a situação no grupo ficou complicada. No returno, a equipe foi derrotada por 2 a 1 pelo Atlético e por 3 a 0 pelo Del Valle, além de empatar com o Tolima em 2 a 2. No jogo contra os colombianos, o Coelho vencia por dois gols de diferença, mas não conseguiu segurar o placar mais uma vez .
Desfalques
Algo que não pode ser desconsiderado na campanha do América são os desfalques. Durante o primeiro semestre da temporada, o time perdeu diversos jogadores por lesão, suspensão ou inscrição.Os seguintes jogadores ficaram de fora por algum momento: os zagueiros Iago Maidana e Conti, o lateral-esquerdo Marlon, os meio-campistas Lucas Kal, Juninho, Alê e Matheusinho, e os atacantes Pedrinho, Everaldo, Paulinho Boia, Wellington Paulista e Aloísio.
Aprendizados e premiação
Em resumo, o América entrou em campo dez vezes na Copa Libertadores de 2022: venceu um jogo, empatou cinco vezes e foi derrotado em quatro oportunidades. O Coelho encerrou a sua trajetória com 26,6% de aproveitamento. A equipe marcou nove gols e sofreu 16. Na fase de grupos, ficou em quarto e último lugar, com apenas dois pontos conquistados. Apesar da campanha negativa, o clube acredita que o objetivo foi cumprido ao alcançar a fase de grupos. Dirigentes, comissão técnica e jogadores também ressaltam o discurso. “Neste momento, temos que entender que foi o primeiro ano do América na Libertadores, e que o time aprendeu muito ao longo dos jogos, principalmente no jogo de hoje. Esperamos, logicamente, um amadurecimento de todos aqueles que fizeram parte da campanha. O América sai de cabeça erguida, mesmo sendo derrotado na última partida, porque mostrou exatamente aquilo que o torcedor quer ver ao longo do campeonato”, disse Mancini, após derrota por 3 a 0 para o Del Valle.”É uma experiência nova para o clube, que nunca havia disputado essa competição. Saímos com muito aprendizado, vamos buscar novamente essa vaga para o ano que vem, na Libertadores, agora pelo Campeonato Brasileiro ou pela Copa do Brasil. Estamos muito felizes. Agora é pensar nos próximos anos”, avaliou Felipe Azevedo.Os resultados dentro de campo também tiveram efeito fora dele. O América arrecadou cerca de R$ 21 milhões com a trajetória na Libertadores, além de todo o prestígio de disputar uma competição continental pela primeira vez.